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Rotina hiperativa de Alceu Valença pauta documentário feito na pandemia

Confinado em casa, o músico compôs quatro álbuns e teve seu dia a dia registrado por equipe de documentaristas para o filme 'Sem Pensar no Amanhã'

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 jun 2022, 21h46 - Publicado em 15 jun 2022, 11h37

Alceu Valença é hiperativo. Fala pelos cotovelos e, claro, canta como ninguém. Antes da pandemia, toda essa energia era gasta nos palcos, mas com o início das restrições sanitárias, pela primeira vez na vida, ele se viu preso em casa por um longo período. Para aplacar a ansiedade, Alceu decidiu caminhar. Diariamente, ele tinha que cumprir a meta de 10.000 passos. Para isso, andava pelo jardim, em volta de um lago e, quando chovia, subia e descia as escadas de casa mais de 80 vezes. Nos períodos de descanso, passava horas ao telefone com os familiares ou ficava no sofá compondo e imaginando novos arranjos para velhas canções.

Depois de alguns dias, Alceu tinha uma penca de novas e excelentes canções debaixo dos braços e foi para o estúdio gravá-las. Desse périplo surgiram quatro álbuns de inéditas, que ainda estão sendo lançados. Essa rotina frenética do cantor de 75 anos foi seguida de perto por uma equipe de documentaristas dirigida por Marcos Credie. A ideia era registrar o dia a dia do músico em um curta-documental de 45 minutos. Intitulado Sem Pensar no Amanhã, o filme será lançado em 15 de julho num formato diferente. Para assisti-lo, o espectador deverá pagar 12 reais no site Sympla para ter acesso ao material por um mês. O valor será integralmente revertido ao artista, sem passar por intermediários ou plataformas de streaming.

“Cheguei no apartamento do Alceu e de sua família no Rio de Janeiro sem roteiro. A ideia era captar a espontaneidade de Alceu, de sua família, de sua arte naquele momento único que era o lockdown e aos poucos sentir o que seria revelado para as câmeras”, disse Marcos Credie. “Tudo foi feito em três dias e, já ao final do primeiro dia, tinha absoluta convicção do privilégio que era poder estar ali, captando a alma de uma entidade da cultura brasileira de uma maneira nunca antes vista. Além da convicção do quão histórica eram aquelas cenas com aqueles diálogos e confissões”, completou.

O filme é o primeiro lançamento da empresa Pipoca.co, uma produtora digital focada em conteúdos culturais. O curta-documental contou ainda com entrevistas do filho de Alceu, Rafael Valença, da esposa do compositor, Yanê, do produtor, Rafael Ramos, e do engenheiro de som, Matheus Gomes. O irmão de Alceu, o guitarrista Paulo Rafael, também participa. O depoimento foi gravado poucos meses antes de ele morrer, aos 66 anos, em decorrência de um câncer. “Fiquei muito feliz com a sensibilidade, com o registro que talvez se torne histórico sobre esse período, sobre minha obra, sobre minha relação com meu irmão Paulo Rafael”, disse Alceu.

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“Costumo dizer que eu não moro, eu namoro cidades. Antes da pandemia, eu ficava entre Lisboa, Rio de Janeiro, Olinda e São Bento do Una, minha cidade natal em Pernambuco. Daí, eu não tinha tempo para tocar. Na pandemia, o violão ficava lá triste, olhando para mim. Um dia, ele disse: me toca”, disse Alceu recentemente em entrevista a VEJA.

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