
O fato de Gustavo Bebianno ter dito de público que recusou o convite do capitão para ser diretor da usina de Itaipu ou embaixador do Brasil em Roma inviabilizou de fato a reabertura das negociações para que ele venha a ocupar um dos dois cargos.
Mas um terceiro lhe foi oferecido, e sobre esse Bebianno nada disse: o de embaixador do Brasil em Lisboa. É um posto de muito prestígio. A sede da embaixada, à estrada das Laranjeiras 144, no bairro de Sete Rios, é magnífica e bem localizada.
Por ali já passaram diplomatas de alto nível, mas também políticos de renome que desfrutaram um doce exílio. O ex-presidente Itamar Franco foi um deles. De resto, não seria nenhuma complicação tirar de lá o atual embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Experiente e respeitado no Itamaraty e fora dele, Figueiredo Machado já serviu em Santiago, Washington e Ottawa. Foi ministro das Relações Exteriores do primeiro governo de Dilma Rousseff. Bolsonaro quer em Lisboa um embaixador para chamar de seu.
A bola está no pé de Bebianno. Antes de chutá-la, é bom saber o que o vereador Carlos Bolsonaro pensa a respeito.