
É preciso conter a sangria no núcleo duro dos bolsonaristas de raiz agora divididos na sua devoção ao presidente da República e ao ministro Sérgio Moro, da Justiça, o herói do combate à corrupção.
E foi principalmente por isso que o ex-capitão paraquedista Jair Bolsonaro disse o que disse, e da forma como disse, na abertura de mais uma Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
Vazaram para o governo informações preliminares e preocupantes sobre novas pesquisas de opinião. E caso elas se confirmem, a base de apoio a Bolsonaro continua a estreitar-se.
Tudo pode ficar para depois – o agronegócio com medo da perda de novos negócios, a ajuda planetária para preservar a Amazônia, o melhor relacionamento com os demais chefes de Estados.
Dinheiro jogado fora? Sim. Respeito que poderia ser reconquistado e que foi desperdiçado mais uma vez? Sim. Crescente isolamento internacional? Evidente. Em compensação…
De que adiantaria tudo isso se as hordas dos guerreiros cegos e sem cérebro, dispostos a matar ou a morrer em troca de gordos soldos futuros passassem a desobedecer à voz de comando?
Às favas, pois, os superiores interesses da Nação. Às favas os conhecimentos acumulados, os bons costumes e as reverências cobradas pela solenidade da ocasião. A arena é outra.
Desse ponto de vista, e exclusivamente desse, foi perfeito o discurso de Bolsonaro. O toque de reunir a tropa foi ouvido de uma ponta à outra do país e amplificado por seus adversários perplexos.
Esfaqueado por um militante de esquerda, salvo por um milagre divino, restabelecido da quarta intervenção cirúrgica, o comandante voltou com sangue na boca e a espada na mão.
É a guerra santa!
À glória ou à aposentadoria com honra antes do desejado!
Ave, Bolso!
Ou melhor: Selva!
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