Pela segunda vez em 48 horas, o senador Flávio Bolsonaro, presidente do PSL do Rio de Janeiro, deu um ultimato aos seus colegas de partido: serão expulsos aqueles que continuarem a apoiar o governador Wilson Witzel (PSC).
Por ora, os 12 deputados estaduais do PSL resistem à ordem do Zero Um e debocham da ameaça. Não querem perder os cargos que Witzel lhes deu em troca do apoio. Duas secretarias de Estado são ocupadas por filiados ao PSL.
O presidente Jair Bolsonaro mandou um emissário ao governador para dizer que ele nada tem a ver com a decisão tomada por Flávio. Witzel fingiu acreditar, como se fosse possível ao filho, a qualquer um deles, contrariar a vontade do pai capitão.
Witzel é candidato declarado à sucessão de Bolsonaro em 2022. Bolsonaro acha que ele está por trás da investigação aberta pelo Ministério Público do Rio contra Flávio e que foi suspensa por uma especial gentileza do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo.
O que mais irritou Bolsonaro ultimamente foi ver Witzel em cima de um tanque do Exército na abertura do desfile militar de 7 de setembro último. Foi uma desfeita ao capitão. As Forças Armadas são reduto eleitoral dele, e assim devem se manter.