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Compromisso com a posteridade

Sem a perspectiva de acelerar nosso crescimento

Por Elton Simões
Atualizado em 30 jul 2020, 19h51 - Publicado em 1 abr 2019, 13h02

É de conhecimento público. Tem muita coisa estranha nos trópicos. Tantas que já nem engraçado é. É simplesmente triste. Vamos combinar que passar a semana discutindo se houve ou não ditadura é gastar energia admitindo a possibilidade de negação do obvio.

Discutir fato histórico indiscutível é coisa para quem não tem o que fazer. Exercício rematado de perda de tempo. Pior ainda, tempo este que não temos. E distração desnecessária e predatória.

Só existem duas explicações para nossa capacidade de embarcar em diversionismos inúteis. Pode ser problema clínico. É possível, muito embora improvável, que sejamos uma nação com déficit de atenção coletivo. Talvez a água tropical contenha algo que embaralhe o senso de prioridade.

Se for proposital, é apenas desculpa ou cortina de fumaça para encobrir o incontável numero de problemas e prioridades que nos faltam resolver. A gente que vem empurrando as reformas a golpes de barriga, vê escapar por entre os dedos a oportunidade de enriquecer (ou pelo menos dar uma melhoradinha) em função do bônus populacional.

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Não é nada, não é nada, nossa inaptidão ao diálogo político e incapacidade de criar consenso em torno de uma agenda de prioridades mínimas já consumiu quase toda a oportunidade que a demografia nos deixou cair no colo.

Continuamos a envelhecer sem enriquecer. E, pior, sem a perspectiva de acelerar nosso crescimento no horizonte previsível. Alguns chamariam isso de visão pessimista. Outros simplesmente de desastre anunciado. Mas todos no final concordam que o que se anuncia é final de tragédia grega.

Não caiu a ficha ainda. A esta altura, ou a ficha ficou empacada em algum lugar ou o telefone é digital mesmo. De uma maneira ou de outra, a gente parece nunca querer ou lembrar de falar do que interessa. Do que é importante.

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Talvez porque seja desagradável. Talvez porque exija sacrifício. Mas certamente porque a gente esta desacostumado com a noção de que ser cidadão confere, sim, direitos. Mas também exige responsabilidades. A maior delas é cuidar para que a democracia não degenere em caos nem em autoritarismo.

Vivemos tempos tóxicos. Somos ou estamos incapazes de melhorar o futuro. Não pensamos nas próximas gerações e no legado que deixaremos. Deveríamos, ao invés, adotar atitude mais generosa. Pensar e agir para garantir melhores condições as gerações futuras. Plantando árvores embaixo das quais as gerações futuras poderão se refrescar. Honraríamos assim o nosso compromisso com a posteridade. Os jovens de hoje e amanhã agradariam.

Elton Simões mora no Canadá. É President and Chair of the Board do ADR Institute of BC; e Board Director no ADR Institute of Canada. É árbitro, mediador e diretor não-executivo, formado em direito e administração de empresas, com MBA no INSEAD e Mestrado em Resolução de Conflitos na University of Victoria. E-mail: esimoes@uvic.ca .

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