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Por que tanta gente acredita que Bill Gates tramou o novo vírus?

Imaginação: o segundo homem mais rico do planeta quer colocar nas populações um chip que depois será acionado pela telefonia 5G - e isso é só o começo

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 24 jul 2020, 10h23 - Publicado em 24 jul 2020, 08h20

Suspeitar dos poderosos é um instinto positivo, de forma geral, e pode ter até uma explicação evolutiva.

Por isso, é bom não dar risada das teorias conspiratórias em relação a Bill Gates.

O maior filantropo da história, tendo doado tempo e dinheiro – muito dinheiro, na faixa dos 50 bilhões de dólares destinados a causas humanitárias desde 1994 – parece bom demais para ser verdade.

Mantendo até hoje a aparência de “esquisito do porão” – no caso dele, na verdade, a escola, onde escreveu seu primeiro programa de computador aos 13 anos -, não é simpático, charmoso ou sedutor.

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Fala tudo na lata. Criou realmente um sistema de encarceramento virtual quando a Microsoft e o Windows dominavam o mundo.

Pior, virou o portador de más notícias, tendo passado muitos anos da era pré-corona profetizando um vírus matador que pegaria o mundo de surpresa.

“Se alguma coisa matar dez milhões de pessoas ao longo da próxima década, provavelmente será um vírus altamente infeccioso e não uma guerra”, alertou ele em 2005

Talvez tenha esperado que o mundo reconheceria seus dons proféticos. Ou talvez não ligue a mínima para o que os outros pensam.

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Com 110 bilhões de dólares, pode se dar a esse luxo.

“Espero que essa história desapareça à medida que as pessoas conheçam os fatos”, disse essa semana sobre as teorias conspiratórias.

“Essa história”, ao contrário, não vai embora de jeito nenhum. Segundo ela, o novo vírus foi criado por expoentes das elites globais – tipo Bill Gates – para usar a futura vacinação como um subterfúgio e implantar microchips nas populações.

Posteriormente, os chips seriam ativados pelas redes de telefonia 5G esterilizando seus portadores.

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O papel da tecnologia 5G varia segundo as teorias, mas está sempre presente – isso sem falar na corrida, na vida real, da China para dominar esse campo e, assim, de fato ganhar uma capacidade de domínio sem precedentes.

Torres de redes 5G já foram queimadas na Inglaterra, Irlanda, Estados Unidos e até Canadá.

Na versão mais sinistra das teorias, propagada pelo QAnom, o objetivo é mais sinistro ainda: o poder mundial ficaria nas mãos de uma cabala global de pedófilos. 

A recente prisão de Ghislaine Maxwell, a parceira cúmplice do milionário pedófilo – e suicida – Jeffrey Epstein, está deixando o pessoal mais entusiasmado ainda.

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Bill Gates não ajudou muito ao dizer, na entrevista dessa semana, que possivelmente a vacina – ou as vacinas – contra o coronavírus terá que ser administrada em várias doses para conseguir uma imunização de fato.

Para piorar, ele disse que as escolas deveriam passar mais um ano fechadas, uma possibilidade mais alucinante para muitos pais do que as teorias malucas.

Os mecanismos criados para rastrear por celular os contatos de alguém potencialmente infectado, as máscaras e os termômetros que tiram a temperatura e fazem o reconhecimento facial concorrem para aumentar mais ainda a desconfiança dos que já são naturalmente desconfiados.

Uma pesquisa recente perguntou aos consultados se já tinham ouvido a versão de que a epidemia foi deliberadamente provocada por gente muito poderosa e 71% disseram que sim.

Mais: 27% acreditavam “provavelmente” ou “enfaticamente” na teoria da conspiração.

Ser chipado, seja por extraterrestres ou por Bill Gates, é um elemento presente na imaginação de muitas pessoas convencidas de que “tudo isso aí” oculta personagens ou planos tenebrosos.

Ainda mais quando existem informações reais do seguinte tipo: pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts publicaram um estudo detalhando como uma coisa chamada “pontos quânticos” poderia ser implantada para rastrear a vacinação.

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A ideia seria dar aos profissionais de saúde  informações seguras sobre as vacinas recebidas, principalmente em países pobres onde os registros são complicados.

“Não tem nada a ver com microchips”, exasperou-se o diretor da pesquisa, Kevin McHugh. “Os pontos quânticos só produzem luz”.

Adivinharam que foram os patrocinadores da pesquisa?

A Fundação Bill e Melinda Gates, claro.

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