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Mudança radical: 20,8% dos jovens americanos se declaram LGBT

Pesquisa Gallup mostra como raramente houve na história uma transformação comportamental tão rápida e extrema, refletindo aceleração de percepções

Por Vilma Gryzinski Atualizado em 18 fev 2022, 07h21 - Publicado em 18 fev 2022, 07h18

 “Como você sabe que é homossexual? Quando faz Justin Bieber parecer hétero”. É claro que a piadinha, uma das rara publicáveis, fica mais engraçada contada com verve gay.

E como você sabe se “parece” haver mais pessoas da turma LBGT por que ficou mais fácil assumir ou por que é um modismo dos tempos atuais?

Resposta: não é possível cravar nenhuma opção. Mas com certeza a percepção do “parece” é confirmada pelos números.

Segundo uma pesquisa feita pela Gallup nos Estados Unidos, o número de americanos que se declaram LBGT (o instituto dispensou as outras letras) é hoje 7,1% da população.

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Era a metade, 3,5%, em 2012. A linha moderadamente ascendente arrancou a partir de 2017: foi de 4,5% para 5,6% em 2020. O salto para os 7,1% atuais faz prever que a linha vai continuar a subir.

O aumento reflete a entrada na vida adulta da Geração Z, os nascidos entre 1997 e 2003. Nessa faixa, os que se declaram LBGT são 20,8% (75,7% são heterossexuais e 3,5% não responderam). 

Os quase 21% são praticamente o dobro dos 10,5% de sexualidades alternativas entre a geração Millenial (nascidos de 1981 a 1996). E quase dez vezes mais do que a geração Baby Boom (1946 a 1980). Como protagonistas da revolução sexual e de costumes, os “boomers”, como são chamados, declaravam apenas 2,6% fora da heterossexualidade.

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Hoje, entre os  7% que se declaram LGBT, 57% se identificam como bissexuais. Outras filiações: 21% são gays, 14% lésbicas, 10% transgêneros e 4% alguma outra coisa.

Com toda a visibilidade que a campanha pelo casamento gay provocou, nos Estados Unidos e em outros países, apenas 10% dos LBGT são casados com pessoa do mesmo sexo e 6% têm relação estável, segundo outra pesquisa do Gallup.

A proporção de pessoas homossexuais e correlatos casadas equivale a apenas 0,7% da população americana.

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Como os relacionamentos fixos tendem a ser aqueles em que os envolvidos adotam filhos ou fazem inseminação artificial, o número de 20% de jovens que são LBGT e não casados pode ter consequências sobre o crescimento populacional.

Populações que encolhem são um problema em praticamente todos os países desenvolvidos dos Ocidente, bem como no Japão, na Rússia e na própria China.

Se os números de LBGT continuarem o caminho ascendente, como tudo indica, em poucos anos os Estados Unidos terão 10% da população total nessa categoria.

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No meio dessa tendência, alguns fenômenos específicos. Um deles: casais de mulheres lésbicas tendem a se separar mais do que casais de homens gay. A feminista Julie Bindel cita no Spectator números da Holanda, o primeiro país onde o casamento homossexual foi reconhecido, em 2005. Desde então, 15% das parcerias entre homens foram desfeitas, contra 30% das mulheres em situação equivalente.

Motivo especulado: por Bindel quando o casamento homossexual foi aprovado, muitos casais procuraram  o reconhecimento social que a legalização trazia, mas depois descobriram que isso não bastava para manter a união estável. Outro: mulheres lésbicas tendem a partir para um relacionamento sério logo no início do envolvimento e pulam fases que confirmariam se casar é realmente uma boa ideia (piadinha contada por ela: “O que uma lésbica leva para o primeiro encontro? O gato e um caminhão de mudança”).

Gays e lésbicas das primeiras gerações de assumidos, enquadrados nos “boomers, não queriam saber de gato nem de casamento, mas de aproveitar um estilo de vida exatamente oposto.

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O que os jovens LBGT querem ainda está sendo definido. Se já são 21% num país como os Estados Unidos, tenderão progressivamente a deixar de ser uma minoria pequena para se transformar em minoria grande.

É uma mudança enorme e acelerada. Em 1997, 68% dos americanos em geral eram contra no casamento gay nas mesmas bases do hétero e apenas 27% eram a favor. Hoje, os números são exatamente o oposto. O ponto de intersecção aconteceu em 2011.

E a aceleração está aumentando de três anos para cá.

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