Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Mundialista Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Vilma Gryzinski
Se está no mapa, é interessante. Notícias comentadas sobre países, povos e personagens que interessam a participantes curiosos da comunidade global. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Happy hour: exageros sobre clima causam enchente de piadas

O assunto é sério, mas são tantas as iniciativas ridículas sobre o meio ambiente que americanos menos sensíveis pendem para o lado oposto só de raiva

Por Vilma Gryzinski 20 set 2019, 14h18

Santa Greta Thunberg continua fazendo carinha de enjoada e a criançada aproveita para matar um dia de aula, com aprovação e incentivo dos professores.

Faz parte do jogo quando o assunto é tão premente quanto as diversas alterações infligidas pela humanidade ao meio ambiente, agora chamadas de “crise climática” para acentuar que é uma emergência apocalíptica.

As simplificações, os exageros, a exploração para fins partidários e autopromocionais são tantas que uma grande rede de televisão, a NBC, transpôs os limites do mais absoluto ridículo ao criar um projeto chamado “Confissões sobre o clima”.

Significando exatamente o que o nome quer dizer. De forma anônima, para se proteger dos “crimes”, os espectadores foram incentivados a confessar suas falhas em “evitar a mudança climática”.

“Você detona o ar condicionado? Joga fora metade do almoço? Faz um churrasco por semana?”, perguntou a NBC.

Previsivelmente, houve uma inundação de piadas.

Continua após a publicidade

“Minha irmã tinha vários canudos de metal, mas eram irritantes e joguei tudo fora”, disse um penitente anônimo.

Em sites de direita, como o Breitbart, o pessoal pegou mais pesado na gozação.

“Uso uma motosserra movida a gasolina para cortar árvores, um trator movido a diesel para arrancá-las da mata, outra motosserra movida a gasolina para cortá-las em pedaços menores e daí uso os pedaços de árvores mortas para aquecer o clima da minha casa”, escreveu um.

Outros comentários:

“Acendo a churrasqueira sem nenhum motivo.”

Continua após a publicidade

“Dirijo a maior caminhonete que o dinheiro pode comprar. Às vezes sem motivo nenhum. Vou com ela até o mercado para comprar cotonetes, canudos de plástico e carne. MUITA CARNE.”

Melhor não entrar em detalhes sobre o resultado da dieta e seus efeitos para “abrir um buraco na camada de ozônio do tamanho do Texas”.

Mais:

“Como carne o tempo todo. Uso o ar condicionado 18 horas por dia, a não ser que a minha gata mie. Aí, abaixo ainda mais a temperatura para que a gatinha possa esticar o pescoço na brisa do ar e deixo ligado por 21 horas.”

“Quase gostaria de postar uma foto da minha gata esticando o focinho arrogantemente na direção do ar condicionado. É como se estivesse sendo condescendente com os hipócritas verdes.”

Continua após a publicidade

“Vou trabalhar na minha caminhonete a diesel e rodo 80 quilômetros todo dia, ida e volta. Sempre piso no acelerador quando passo um Prius, só para ver a reação. Ficam loucos da vida.”

“Odeio pessoas com Prius. Essa porcaria sem potência está sempre empatando o trânsito.”

Bem, já deu para captar o espírito da coisa.

E o jeitão do pessoal que fica fulo com absurdos como uma pesquisa da reputadíssima Johns Hopkins University que analisou o impacto ambiental das formas de alimentação em 140 países.

Conclusão número 1: para comer alimentos mais nutritivos, países mais pobres vão precisar aumentar as emissões de gases responsáveis pelo efeito estufa e o consumo de água.

Continua após a publicidade

Por motivos óbvios. Só assim produzirão alimentos mais eficientes – significando carnes variadas – para combater a subnutrição.

Conclusão número 2: nos países ricos, com alto consumo de produtos de origem animal, a alimentação tem que mudar para ficar mais pobre.

Os autores sugerem até um esquema chamado de “vegano dois terços”.

Tradução: duas refeições diárias sem nenhum produto animal, obviamente excluindo laticínios e ovos, e uma com proteínas preferencialmente vindas de peixes ou moluscos.

Ou seja, estão realmente de olho naqueles bifões e hambúrgueres gigantescos que tantos americanos adoram.

Continua após a publicidade

O estudo também faz outra comparação. Meio quilo de carne proveniente do Paraguai produz 17 vezes mais gases inconvenientes do que a mesma medida produzida na Dinamarca.

O motivo é o desmatamento necessário para abrir espaço aos pastos.

Duas perguntas.

A Dinamarca já nasceu desmatada?

E mesmo, famosamente, tendo mais porcos (28 milhões) do que pessoas (5,7 miihões), numa produção orientada para a China, como seus 43 mil quilômetros quadrados, excluindo-se a Groenlândia, onde atualmente não existem animais de criação, vão substituir o Paraguai?

Ou, claro, o Brasil.

Gente, é sexta-feira, dia de happy hour. Vamos relaxar.

Deixem Greta Thunberg carregar os pecados do mundo. Ela tem só 16 anos e parece ter nascido para fazer isso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.