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Esquerda arrasada: americanos estão gostando cada vez mais de Trump

Maioria aprova o ministério altamente polêmico e deportações em massa de imigrantes clandestinos; popularidade cresce entre jovens

Por Vilma Gryzinski 28 nov 2024, 08h13
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  • A esquerda americana ainda estava secando as lágrimas quando se deparou com resultados de arrepiar ainda mais seus cabelos – raspados, no caso das mulheres mais radicalmente arrasadas pela vitória de Donald Trump. Por exemplo, diz uma pesquisa da CNN que 53% dos americanos se sentem otimistas ou empolgados com o próximo governo Trump (eram 46% em 2016, antes de seu primeiro mandato).

    A maioria – 57% – também apoia um dos aspectos mais controvertidos de suas promessas de campanha, pelo menos segundo a mídia antitrumpista: a expulsão em massa de imigrantes clandestinos. Um número idêntico de jovens de 18 a 29 anos tem uma visão positiva de Trump – um aumento de estarrecedores 19 pontos desde a última pesquisa, feita entre 9 e 12 de novembro.

    São números impressionantes e indicam uma verdadeira reviravolta cultural. O empresário transformado em político, com a maior bagagem negativa da história dos presidentes americanos, está em ascensão desde a eleição. Pode ser a dancinha desajeitada que ele tornou viral entre esportistas, pode ser apenas a lua de mel antecipada, reservada a todos os presidentes recém-chegados e pode ser um novo e inesperado capítulo das batalhas culturais – ou talvez uma mistura de tudo isso.

    Mas basta para um jornal de esquerda como o The Nation se desesperar: “De alguma maneira, americanos estão gostando cada dia mais de Trump”. Mencionando algumas das pesquisas citadas acima, a publicação especula, de muita má vontade, sobre os motivos.

    “REALINHAMENTO HISTÓRICO”

    Nenhum deles se preocupa em analisar se a opinião pública gostou de promessas como preços mais baixos, economia pujante e protegida (num fenômeno agora rebatizado de nacionalismo econômico), restauração da ordem nas fronteiras ou até experiências sem precedentes, como nomear um apresentador da Fox cheio de tatuagens para o Departamento da Defesa ou Elon Musk como um cortador de desperdícios nos gastos do governo.

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    Isso para não mencionar a hipótese mais aterradora ainda, do ponto de vista de quem pensa como o Nation: a de que Trump se tornou mais “gostável” e o “desastre bizarro”, nas palavras do jornal para definir o altamente heterodoxo gabinete do futuro presidente, seja uma experiência na qual vale a pena apostar para ver no que dá. Pode dar tudo errado, claro, mas a maioria dos americanos votou pela mudança.

    De todas essas novas pesquisas, a mais impressionante é a que mostra o aumento da popularidade de Trump entre os jovens. “Está em curso um profundo e histórico realinhamento de gerações”, escreveu o agitador Charlie Kirk.

    Juntamente com o caçula de Trump, Barron, foi ele quem traçou a estratégia de mirar no público jovem, especialmente masculino, através de longas entrevistas a podcasts e programas de streaming que colocaram no jogo da alta política nomes como Lex Fridman, Theo Von, Adin Ross, Logan Paul e, acima de tudo, Joe Rogan.

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    No TikTok, Trump partiu de 300 mil seguidores para 8,1 milhões, ajudando a bombar o apoio da geração Z A equipe de Trump para a plataforma tinha exatamente duas pessoas.

    MUDANÇA DE PARADIGMA

    Muitos estrategistas democratas fariam cara de paisagem diante desses novos elementos e personagens e, quando tentaram equilibrar o jogo, levando Kamala Harris a uma dessas novas mídias, a candidata não passou uma imagem de veracidade. Trump, ao contrário, com 78 anos e a abominável gravata vermelha batendo no púbis, não tentou se passar por algo que não é, mas entrou com fluência no jogo de falar o que é. Os bros gostaram.

    Patrick Rufini, que faz pesquisas para o Partido Republicano, acha que “o realinhamento já aconteceu”, focando principalmente na mudança de paradigma em termos de classe, com o voto do que seria uma classe média baixa indo para Trump – um fenômeno que tem paralelos no Brasil. Ele chega a falar em uma “Era Trump”.

    Pode ser um exagero e nada como os fatos para se levantar no caminho dos planos dos políticos. Mas é curioso acompanhar como a opinião pública americana está reagindo à montagem do futuro governo, em contraposição ao “desastre bizarro” apontado pela maioria da mídia, e se permitindo até ter otimismo, o sentimento que moveu a potência americana e que andava tão em falta ultimamente.

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