Autor Millôr Fernandes será o homenageado da Flip 2014
O dramaturgo, editor e também conhecido como mestre do humor Millôr Fernandes foi o escolhido para ser homenageado na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Esta é a primeira vez que um autor contemporâneo e que participou do evento é reverenciado pela Flip. Millôr foi um dos convidados em 2003. Morto em […]
O dramaturgo, editor e também conhecido como mestre do humor Millôr Fernandes foi o escolhido para ser homenageado na 12ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Esta é a primeira vez que um autor contemporâneo e que participou do evento é reverenciado pela Flip. Millôr foi um dos convidados em 2003.
Morto em março de 2012, aos 88 anos, o autor se aventurou em diversas vertentes da literatura, com livros de poesia, prosa, romances, traduções, roteiros de cinema, peças de teatro e textos publicados em jornais e revistas.
Segundo o curador da Flip, Paulo Werneck, o principal motivo da escolha é que a diversidade de Millôr reúne em si todo o mundo do evento. Mauro Munhoz, diretor geral da Flip, analisa que a obra do escritor promove a integração entre as artes, premissa da festa literária.
Nascido no Méier, bairro da zona Norte do Rio, em 16 de agosto de 1923, Millôr foi registrado – com quase um ano de atraso – como Milton Viola Fernandes, e acabou adotando o nome que se conseguia ler na certidão. A homenagem vai coincidir com o mês em que ele completaria 90 anos, de acordo com a contagem pelo registro, ou 91, considerando o ano real de nascimento.
Em 2014, a Flip terá seu calendário alterado em função da Copa do Mundo. O evento que sempre ocorre no início do mês de julho, no próximo ano vai acontecer entre os dias 30 de julho e 3 de agosto.
Histórico – Embora seja mais conhecido do público como humorista, Millôr foi um intelectual como poucos, e participou de grandes momentos da imprensa brasileira do século XX. Foi um dos responsáveis pelo fenômeno editorial da revista O Cruzeiro, que chegou a ter tiragem de 750 mil exemplares nos anos 1950, e um dos fundadores do lendário O Pasquim, tabloide que se tornou símbolo da resistência ao regime militar. Em VEJA, no Jornal do Brasil, no Correio Brasiliense, em O Estado de São Paulo e outros jornais, deixou a marca de um humor inteligente e ácido, que produziu frases antológicas como “Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim”, ou ““A justiça pode ser cega: mas que olfato!”.