Gleisi não escreveu tuíte de ‘força’ a Nicolás Maduro
Presidente do PT apoia o ditador venezuelano e seu regime, mas postagem na rede social atribuída a ela é falsa

A declaração de “apoio e solidariedade” da senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, à Constituinte convocada na Venezuela por Nicolás Maduro, que escancarou a ditadura no país, despertou a criatividade de quem atua no submundo das notícias falsas da internet.
Nos últimos dias viralizou em redes sociais e no WhatsApp um tuíte falso de Gleisi em que ela, dirigindo-se a Maduro em espanhol, reforçaria o apoio ao ditador venezuelano dizendo que ele e o PT e “subjugarão” seus “inimigos fascistas” em 2018.
Ao elaborar a tosca montagem sobre um print screen da conta de Gleisi no Twitter, o atrapalhado criador do boato se esqueceu de que a rede social limita as postagens a até 140 caracteres. O falso tuíte em espanhol tem 191 caracteres e, assim, sequer teria sido publicado.
Por meio do Facebook, Gleisi Hoffmann negou ser a autora da postagem e a ironizou: “duro mesmo é ter de explicar o óbvio, mas essa é para rir: Tuíte que circula com meu nome cai por terra só pelo fato de ultrapassar o limite de caracteres estabelecido pelo Twitter (o limite é 140. A mensagem fake tem 191 caracteres). Chega até dar pena de quem insiste com essa boataria”, escreveu a presidente do PT.
Embora não tenha sido a autora da postagem no Twitter, Gleisi declarou apoio do PT à convocação da Assembleia Constituinte por Nicolás Maduro, que reescreverá a Constituição venezuelana sem a participação de representantes da oposição após dissolver a Assembleia Nacional de maioria oposicionista, democraticamente eleita em dezembro e 2015.
“O PT manifesta seu apoio e solidariedade ao governo do PSUV, seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela e condenamos o recente ataque terrorista contra a Corte Suprema. Temos a expectativa que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse a senadora petista durante o 23º Encontro do Foro de São Paulo, congregação de diversos partidos de esquerda da América Latina e do Caribe que se reuniu em Manágua, capital da Nicarágua, em julho.
Entre os deputados da Constituinte apoiada por Gleisi e o PT estão Cília Flores, mulher de Maduro, e Nicolás Ernesto Maduro Guerra, filho do ditador. Além de ilegítimo, o processo eleitoral também é questionado por haver indícios de fraude nas urnas eletrônicas, reconhecidos inclusive pela Smartmatic, empresa criada sob o chavismo para atuar em eleições na Venezuela.
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