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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Três novos momentos de covardia de Hamilton Mourão

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 12h33 - Publicado em 20 jun 2022, 16h43

O vice-presidente Hamilton Mourão passa por momentos grandes de discrição política, mostra-se algumas vezes bem mais razoável que Jair Bolsonaro, mas volta e meia ressurge deixando transparecer todo o bolsonarismo que há dentro dele.

Seguindo os passos do presidente da República, resolveu cometer três covardias de uma só vez ao comentar o terrível caso dos assassinatos de Bruno Pereira e Dom Phillips.

Leiam o que disse – primeiramente – Hamilton Mourão:

“Não sei se há um mandante. Se há um mandante é comerciante da área que estava se sentindo prejudicado pela ação principalmente do Bruno e não do Dom, o Dom entrou de gaiato nessa história. Foi efeito colateral”.

Depois, vice-presidente continuou seu raciocínio torpe sobre os bárbaros crimes cometidos contra o indigenista e o jornalista:

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“Essas pessoas aí que assassinaram, provavelmente, os dois são ribeirinhos, gente que vive também ali no limite de, vamos dizer, ter acesso à melhores condições de vida. Vivem da pesca. […] Essa é a vida do cara. Mora numa comunidade que não tem luz elétrica 24h por dia, é gerador. Quando tem combustível, o gerador funciona, quando não tem, não funciona. Então é uma vida dura”.

É lamentável que um general de ascendência indígena, que nasceu no Amazonas e serviu na maior floresta do planeta, ou seja, com conhecimento da região, descarte a possibilidade de haver um mandante quando o crime ocorreu na triplica fronteira Brasil-Colômbia-Peru, onde o narcotráfico é um operador central – assim como diversas facções criminosas.

Essa foi a primeira covardia.

Mas Mourão ainda diminuiu a importância do trabalho do jornalista Dom Phillips, mesmo que o alvo principal dos criminosos da região fosse, de fato, Bruno Pereira – que atuava constantemente na região em defesa dos povos Indígenas.

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Para completar, o vice-presidente ainda vitimizou os assassinos que mataram, esquartejaram e tentaram ocultar os corpos do indigenista e do jornalista.

Imaginem como as famílias dos dois devem ficar vendo as maiores autoridades do país lidando com o crime desta forma?

O Brasil virou não só uma terra sem lei, mas um lugar perverso sob o bolsonarismo – do qual Mourão mais uma vez prova que faz parte.

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