Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Sindicato ajuda planos de Bolsonaro para a Caixa

Entranhas de Brasília revelam que o cenário político do país é ainda mais confuso. Entidade filiada à CUT apoia plano que fortalece desestatização

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 out 2021, 10h01

As gafes e intrigas de Jair Bolsonaro não bastam para traduzir a complexidade da política nacional. Por onde se olha, há fatos contraditórios e antagônicos.

É o caso, por exemplo, da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que tem uma proposta com potencial de facilitar os planos de desestatizar algumas operações da Caixa Econômica Federal.

Sob a justificativa de equacionar os prejuízos do “Saúde Caixa”, a entidade propõe a criação de uma mensalidade extra para os beneficiários, o que deve acelerar a falência do plano, que pertence e é gerido pelo banco estatal.

O plano de saúde pertence e é gerido pelo banco. Ele tem baixas mensalidades, excelente rede de atendimento e dá prejuízo. Defensores de sua extinção costumam alegar que o banco não deveria possuir uma empresa de planos de saúde deficitária.

Continua após a publicidade

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fez algumas sugestões para resolver o rombo. Todas foram rejeitadas por sindicatos, que avaliam que elas, na prática, inviabilizariam e levariam à extinção do plano. Agora, a administração da instituição permitiu que os sindicatos decidam, por meio de votação nos dias 25 e 26 de outubro, como resolver a questão.

Entidade com mais filiados, a Contraf deve vencer a disputa contra a Confederação dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), incapaz de gerar grande mobilização. Se isso se confirmar, será criado um 13º pagamento anual obrigatório e proporcional ao salário. Assim, no mês de pagamento duplo, haverá gente precisando pagar valores entre R$ 1,5 mil e R$ 2 mil. Com isso, a tendência é que os empregados que recebem os maiores salários deixem o plano, desfalcando ainda mais as receitas e acelerando a falência do Saúde Caixa.

Como explicar o Brasil? No fim das contas, sindicatos que criticam os planos de desestatização contribuirá, indiretamente, para que eles se concretizem.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.