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Política

Por que as novas pesquisas tiram a máscara de Sergio Moro

Ex-ministro nunca foi opção de terceira via. Entenda

Por Matheus Leitão SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 11 abr 2022, 10h02 - Publicado em 7 abr 2022, 13h49

O ex-juiz Sergio Moro, do União Brasil — O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) - (Ruy Baron/VEJA)

A saída de Sergio Moro da disputa presidencial mexe com o cenário de forma importante.

Apesar de não ter uma quantidade de votos muito expressiva nas pesquisas quando comparado aos dois líderes, os votos que Moro tinha são importantes para quem permanece na corrida eleitoral.

Até o momento, o maior beneficiado é o presidente Jair Bolsonaro.

A coluna mostrou que o tucano João Doria quer conseguir ao menos 70% dos eleitores de Moro, mas a tarefa não será fácil.

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A pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta quarta, 6, já mostrou o presidente Jair Bolsonaro ganhando quatro pontos em um cenário sem Moro.

A saída do ex-ministro e o crescimento do atual presidente mostram que Moro nunca foi um candidato da chamada “terceira via”. Ele é, na verdade, um Bolsonaro reciclado.

Agora, os eleitores parecem estar fazendo o caminho de volta: saíram de Bolsonaro para votar em Moro e agora, com a desistência, saem de Moro e voltam para Bolsonaro.

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Os números que Moro apresentava nas pesquisas não eram suficientes para que ele ganhasse as eleições, mas são suficientes para fortalecer Doria como uma terceira opção e suficientes para que Bolsonaro entre de vez na disputa de segundo turno com chances, inclusive, de vencer Lula.

A cada novo levantamento, fica evidente que quem vai decidir as eleições de outubro são os eleitores que ainda não têm uma opinião formada sobre seu candidato.

Quem vota em Lula não mudará de ideia. Quem vota em Bolsonaro provavelmente também não mudará de opinião.

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Isso significa que a decisão está nas mãos de quem ainda está analisando o cenário para definir seu voto.