O susto que Pablo Marçal deu na democracia não pode ser esquecido.
Passado esse momento em que a mutação do bolsonarismo quase fere a democracia brasileira de morte, é preciso pensar sobre o que fazer.
O caso do ex-coach não pode ser só dele ou sobre ele. É mais do que isso.
O que a Justiça tem que fazer é aproveitar os atos tresloucados e construir mecanismos preventivos para que ninguém chegue tão longe.
Ou vamos querer ver novamente a cena produzida pelo candidato derrotado do PRTB?
No dia da eleição, inventando uma mentira deslavada e jogando em cima do candidato adversário.
O Brasil já viu que dá para ter uma reação coletiva para neutralizar um estelionatário.
Ação rápida da Justiça, da imprensa, da campanha do Boulos, dos outros candidatos que se solidarizaram com o psolista, e por aí vai.
Neutralizou, mas momentaneamente.
Marçal, ao colocar a democracia em risco, precisa ser colocado fora da disputa antes que o marçalismo se torne o novo bolsonarismo.
A democracia brasileira não pode mais correr o risco de ter uma pessoa como essa — disposta a tudo, sem limites, e que passa o dia preparando um golpe baixo atrás do outro.