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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Por que a declaração mais recente de Bolsonaro é a mais alarmante

O presidente tenta reunir mais aliados para suas ideias antidemocráticas

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 3 Maio 2022, 10h13 - Publicado em 29 abr 2022, 11h41

A última descabida declaração do presidente Jair Bolsonaro durante evento para engrandecer o deputado Daniel Silveira mostra que o país normalizou a barbárie de forma assustadora.

Durante o discurso em homenagem a um parlamentar que afronta a democracia — e não tem humanidade nenhuma com os seus adversários políticos –, Bolsonaro levantou a possibilidade de suspensão das eleições “se tiver algo de anormal”.

Não é difícil expressar a gravidade dessa afirmação.

Saber que ela passou “despercebida” e que teve uma reação pouco enérgica dos outros poderes é mais grave ainda, e mostra a anestesia institucional que estamos vivendo, considerando natural aquilo que é um absurdo extremo.

Bolsonaro é o primeiro presidente desde a redemocratização a levantar a hipótese de suspender uma eleição inteira — tanto para o Executivo quanto para o Parlamento. A simples ideia já é, por si só, um crime.

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O presidente cometeu mais um crime de responsabilidade, e tenta, agora, arregimentar aliados que apoiem sua ideia absurda. Ele quer parceiros com essa postura antidemocrática para destruir o país.

O pedido de aliados contra a democracia veio quando Bolsonaro afirmou que a suspensão das eleições não seria apenas para presidente, mas também para a Câmara e o Senado. Ou seja, ele acredita num golpe em todas as esferas.

Já sabemos que Bolsonaro gosta de criar o caos, mas essa declaração vai além disso. Ela é ainda mais absurda que todas as outras expostas em seu mandato e perigosa demais para o país, que está a meses de uma eleição.

Na mesma semana, O Globo informou que há uma pressão para acabar com o inquérito das fake news. Segundo o jornal, André Mendonça teria procurado colegas de toga sobre o tema.

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O ministro nega, mas a ideia seria que o STF reduzisse a fervura. Quer dizer que, de novo, o presidente escala de forma absurda, mas os outros poderes têm de reduzir o tamanho da crise?

Não é hora de os outros poderes reduzirem nada. Estamos a meses da eleição.

É hora de os outros poderes reagirem com firmeza e o STF, por exemplo, encontrar uma saída para o nó institucional iniciado por Bolsonaro após o perdão esdrúxulo concedido a Daniel Silveira, feito também para afrontar a República.

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