Lula acerta o tom contra Bolsonaro na frente de Maduro
Auxiliares do presidente tentam reverter agenda negativa após relativização dos horrores do líder do regime chavista
Na frente de Nicolás Maduro, Gabriel Boric e Alberto Fernández – assim como outros sete presidentes de nações da América do Sul -, Lula acertou o tom contra Jair Bolsonaro, relembrando o péssimo comportamento do líder da extrema direita na pandemia.
“No Brasil, um governo negacionista atentou contra os direitos da sua própria população, rompeu com os princípios que regem a nossa política externa e fechou nossas portas a parceiros históricos. Nosso país optou pelo isolamento do mundo e do seu entorno. Essa postura foi decisiva para o descolamento do país dos grandes temas que marcaram o cotidiano dos nossos vizinhos”, disse o presidente brasileiro.
Segundo auxiliares do presidente, a ideia era que Lula cutucasse o antecessor pela forma como o Brasil destratou líderes esquerdistas sul-americanos nos últimos quatro anos. Ou seja, pela péssima política externa bolsonarista.
Mas, indo além. Lembrando o pior momento de Bolsonaro que ficou conhecido no mundo todo – a negação à ciência e às vacinas quando mais precisávamos delas: na luta contra o vírus da Covid-19, que matou 700 mil brasileiros.
Por isso, o uso da palavra negacionista.
Recordar o pior momento de Bolsonaro pode servir, na avaliação desses mesmos auxiliares, para tentar reverter a agenda negativa desta segunda, 29, quando Lula relativizou os horrores do líder do regime chavista que persegue e tortura opositores.
“Na região, deixamos que as ideologias nos dividissem e interrompessem o esforço da integração. Abandonamos canais de diálogo”, completou o petista.
A ver, se dará certo.