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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Hang loses: Luciano Hang já perdia na CPI quando citou pastor ‘comunista’

Empresário faz exatamente o que se esperava dele na Comissão: entregar sua visão de mundo negacionista

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 set 2021, 16h23

O empresário Luciano Hang fez exatamente o que se esperava dele durante participação na CPI da Covid nesta quarta, 29. O depoimento já representa uma derrota para o dono das lojas Havan, que teve a chance de esclarecer pontos e se mostrar moderado em relação às acusações contra ele.

Assumidamente seguidor do presidente Jair Bolsonaro, Hang repetiu o discurso que bolsonaristas insistem em fazer todos os dias e surpreendeu ao citar uma frase famosa do pastor Martin Luther King, considerado “comunista” pela direita. “O que mais me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”, disse Hang.

Numa visão distorcida da realidade, frequente em seguidores do presidente, Hang afirmou que se tornou a voz para milhões de brasileiros e destacou que não vai deixar de usar suas redes para exercer sua liberdade de expressão.

Uma das suspeitas em relação a Hang é a de que ele disseminou fake News através de seus perfis. “Vou continuar usando minhas redes para postar conteúdos motivacionais, de empreendedorismo e de política. Não abro mão de minha liberdade de expressão”, enfatizou.

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Outro discurso bolsonarista feito por Hang na CPI foi a afirmação de que é vítima de perseguição. “Sou vítima de um conjunto de narrativas por não ter medo de falar a verdade”, disse. Muitos seguidores, e até o próprio presidente, insistem em dizer que são perseguidos diariamente.

No início deste ano, Luciano Hang testou positivo para a Covid e fez questão de dizer que usou medicamentos como Ivermectina e Hidroxicloroquina, que não possuem eficácia comprovada contra a doença. 

Aos senadores na CPI, afirmou que não é contra a vacina, mas admitiu que não se vacinou porque teria “um alto índice de anticorpos”. Ele repetiu as falas muito proferidas por Bolsonaro sobre manter comércios abertos em meio à pandemia. “Eu lutava para que a indústria e o comércio ficassem abertos mantendo o emprego e sustento dos brasileiros”. 

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A conclusão sobre o depoimento é de que Luciano Hang, que foi interrompido antes de começar, é exatamente o que se pensava sobre ele: mais um seguidor fiel de Bolsonaro que repete discursos sem conexão com a realidade e que insiste em negar a ciência e minimizar a gravidade da pandemia.

Em resposta sobre um comício dele na Havan ameaçando os empregados de perder empregos e de reduzir investimentos se o PT ganhasse do Bolsonaro, em 2018, viveu um ato falho. Quando criticado, disse que já estava repensando o planejamento para 2023 porque vai pisar no freio pelo que vai acontecer.

É preciso contudo lembrar o fato que detonou sua convocação. A sua mãe, dona Regina, morreu na Prevent Senior. E apesar de ter sido usado nela todo o tipo o kit do “tratamento precoce”, ele fez propaganda do “tratamento precoce” afirmando que sua mãe recebeu esses medicamentos. Também admitiu que arrecadou dinheiro para a compra de Kit-Covid.

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Como essa coluna afirmou, Hang foi corajoso, mas perdeu na sua visão ideológica de mundo embasada em uma terra plana. O presidente da CPI, Omar Aziz, resumiu bem: “o senhor é um propagador de fake news. Você age monstruosamente”.

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