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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Depende da Câmara a adesão a protocolo de redução de impacto ambiental

A Emenda Kigali, que muda o padrão de produção de ar-condicionado, já teve a confirmação de 100 países e aprová-lo será sinal na direção certa 

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 fev 2021, 14h41 - Publicado em 25 fev 2021, 14h37

O Brasil tem a chance de sinalizar para outros países, principalmente aos Estados Unidos, que está voltando a olhar com atenção para as questões ambientais. E esse passo diplomático está nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PR), que pode colocar em votação a Emenda de Kigali, projeto que estabelece metas de redução dos gases hidrofluorcabonetos (HFCs) dos aparelhos de ar-condicionado.

A emenda já passou por todas as comissões da Câmara dos Deputados, mas ficou parada por mais de um ano na presidência da Casa, até então comandada por Rodrigo Maia.

Caso seja aprovada, serão disponibilizados cerca de US$ 100 milhões para que as fábricas brasileiras de ar-condicionado possam investir em inovação tecnológica, substituindo os HFCs dos aparelhos, que têm potencial de aquecimento do planeta 2 mil vezes superior ao do CO2. As empresas poderão tomar os empréstimos a fundo perdido, direto da Organização das Nações Unidas (ONU).

Caso Arthur Lira decida colocar o projeto em votação, isso seria um importante aceno diplomático para os Estados Unidos. O presidente Joe Biden já deixou claro suas pretensões ambientais. Recolocou o país no Acordo de Paris, de combate ao aquecimento, cumprindo uma promessa eleitoral, e anunciou que vai aderir à Emenda de Kigali, pedindo urgência ao Senado. Aliás, 16 estados americanos já aprovaram ou estão mexendo em suas leis para impor limites aos HFCs.

Claro que a maior parte das emissões de gases que provocam o efeito estufa vem do desmatamento, e será fundamental para o Brasil, na relação com os Estados Unidos de Joe Biden, combater frontalmente a destruição da Amazônia. De qualquer maneira, esse item faz parte da extensa agenda para um futuro de sustentabilidade ambiental.

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Segundo o coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Clauber Leite, aderindo à emenda, o Brasil ainda aumentaria a competitividade do setor. “A ratificação da Emenda de Kigali vai alinhar a indústria brasileira às tendências do mercado internacional, aumentar a competitividade e colocar o Brasil na rota da inovação”, destacou.

Utilidade

A vantagem dessa inovação tecnológica aplicada na fabricação de ar-condicionado seria a redução no aquecimento global. Para efeito de comparação, especialistas afirmam que um quilo do gás R-410A, usado nesses aparelhos, tem o efeito de 2 toneladas de CO2 na atmosfera. Ou seja, aderindo à emenda, o Brasil poderia reduzir sua participação na provocação do efeito estufa. Vale ressaltar que, segundo relatório do Observatório do Clima (novembro/2020), o Brasil é o quinto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta.

A Emenda de Kigali já foi ratificada por mais de 100 nações, entrando em vigor há dois anos. Hoje, 100% do mercado japonês e grande parte da Europa já aderiram a essa tecnologia de baixo potencial de aquecimento global, assim como a China e a Índia.

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