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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Crise russa vai abalar relação entre Bolsonaro e um general

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 fev 2022, 18h06 - Publicado em 23 fev 2022, 11h53
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  • A crise russa vai atingir diretamente a relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o general Silva e Luna, da Petrobras.

    Quando indicou o militar de alta patente para estatal do petróleo, Bolsonaro tinha a expectativa de que ele fizesse o absurdo de “segurar” o preço do combustível.

    Silva e Luna não só não está “segurando” o preço, como recentemente deu uma entrevista dizendo que ele, presidente da Petrobras, não pode controlar a alta dos combustíveis.

    Para desespero de Jair Bolsonaro, o general disse mais: afirmou que os números no Brasil precisam seguir os preços internacionais.

    GUERRAS, E RUMORES DE GUERRA

    Ocorre que o preço internacional do petróleo tem subido com a crise russa, após Vladimir Putin, aliado de Bolsonaro, ter violado regras internacionais ao avançar contra a Ucrânia.

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    (Seria uma boa hora para o combustível cair, porque o dólar baixou bastante neste ano. Contudo, esse efeito já foi neutralizado com a alta da matéria-prima, o petróleo)

    Nos últimos dias, o preço do barril de petróleo chegou perto dos US $100 dólares. Agora, com o agravamento da crise na Europa, alguns bancos, como o Bank of América, afirmam que o valor pode chegar a US $120.

    Ou seja, o petróleo está subindo no pior momento para Jair Bolsonaro – em um ano eleitoral no qual ele está em segundo colocado nas pesquisas, perdendo de goleada para Lula e sem grande reação até o momento.

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    Enquanto durar essa crise criada pela Rússia, o preço do petróleo ficará alto. A conta é simples: com petróleo alto, sobe também o preço da gasolina, do diesel e do gás, hoje disparados por conta da iminência de uma guerra.

    O valor do gás, por exemplo, amanheceu nesta terça, 22, subindo nada mais, nada menos que 13% – pesadelo para um presidente que busca a reeleição. É o tipo de situação que atinge diretamente o bolso da classe média.

    O resumo do caso é: o preço dos combustíveis continuará subindo e o presidente deseja mesmo é que Silva e Luna faça uma manobra para segurá-lo.

    Mas Silva e Luna não dá sinais de que fará esse papel. Com a alta vertiginosa dos preços no exterior, também seria impossível qualquer movimento como esse.

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