O atentado contra a vida do ex-presidente Donald Trump, candidato do Partido Republicano à Casa Branca, é um evento que terá grande impacto na política nacional e internacional, incluindo o Brasil.
Sabe-se que terá impacto, apesar de não se compreender exatamente a dimensão dele.
O fato é que os primeiros movimentos favorecem Trump, vítima desse atentado cujas circunstâncias ainda não estão esclarecidas.
O político fez um gestual que para o eleitorado americano é muito importante. Nos Estados Unidos, os eleitores tendem menos a se condoer com a vítima e mais a respeitar o vencedor.
Quando Trump levantou a mão, ao ter seu corpo erguido pelos agentes, quer dizer: eu venci até o atentado. Ou seja o republicano mostra a força, que é exatamente o oposto do que o seu atual adversário Joe Biden tem demonstrado: fraqueza e fragilidade.
Essas duas características são coisas que o eleitorado daquele país não gosta. O norte-americano sempre quer um comandante em chefe porque é uma nação que entra em guerra muitas vezes. Deseja um líder que mostre força, e isso que Trump mostrou nas primeiras horas.
A primeira fala dele, pedindo a união nacional, também chama atenção neste momento. É o contrário do que ele sempre fez, que foi pregar a desunião nacional. É mais um acerto do Trump e de sua equipe de comunicação.
Então, no calor do momento, é possível dizer que o evento favorece o Trump largamente. O atentado vai definir a eleição? Pode ser que sim, mas tem muita estrada pela frente. Essa é uma eleição na qual não se sabe nem ainda quem vai ser o oponente do Trump.
Biden, que tem ido muito mal em suas aparições públicas, diz que não, mas pode ser substituído no Partido Democrata. E se sabe hoje que a eleição nos EUA afetará (e muito!) o pleito de 2026 no Brasil.