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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Como e onde uma frente ampla de partidos deu certo

União da esquerda e do centro em Fortaleza surtiu efeitos, mas em outros pontos do país as alianças não aconteceram

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 dez 2020, 10h21 - Publicado em 1 dez 2020, 10h03

Com o fim das eleições municipais, uma importante lição foi aprendida pela classe política brasileira: uma frente ampla, composta por partidos de diferentes vertentes, tem força para definir uma eleição contra um extremo.

Em Fortaleza, a vitória de José Sarto (PDT) contra o Capitão Wagner (Pros) no segundo turno mostrou que uma esquerda unida, que busca o apoio de partidos de centro, tem força para derrotar o extremismo representado pelo bolsonarismo.

Wagner era apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas não conseguiu a vitória esperada. Em vez disso, a população escolheu Sarto, um candidato que reuniu importantes alianças e ganhou forças e visibilidade ao ser apoiado pelos irmãos Ciro e Cid Gomes, pelo atual governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e pelo atual prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio (PDT).

Outros apoios fundamentais para a vitória de Sarto vieram de dois integrantes de partidos de centro: o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) manifestaram publicamente seu apoio a Sarto. O candidato do PDT venceu a disputa deste domingo, 29, com 51,69% dos votos válidos contra 48,31% do Capitão Wagner.

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Embora tenha surtido efeito em Fortaleza, a construção de uma frente ampla que reúna vários partidos não é fácil de ser colocada em prática. Em Recife, por exemplo, a divisão da esquerda pulverizou os votos.

O segundo turno terminou com a vitória de João Campos (PSB), com 56,27% dos votos válidos. Ele venceu a disputa contra sua prima, Marília Arraes (PT), que obteve 43,73% dos votos válidos. 

Como a coluna mostrou, danos profundos e irreversíveis na família Arraes terminaram em uma disputa com ataques, exposição de problemas e um resultado que apenas mantém a oligarquia familiar no poder. A disputa entre parentes pode, inclusive, ter atrapalhado a construção de alianças mais fortes tanto para João Campos como para Marília.

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No Rio, embora a vitória de Eduardo Paes (DEM) tenha sido contundente, com 64,07% dos votos válidos, houve dificuldades em receber apoio de partidos importantes da esquerda. Paes recebeu apoio do PT, mas o PSOL – que mostrou grande força nesta eleição com o desempenho de Boulos em São Paulo – evitou manifestar apoio ao candidato do DEM. Marcelo Freixo chegou a defender um voto crítico em Paes contra Crivella, mas o partido não seguiu a mesma linha. Do outro lado, mesmo apoiado por Bolsonaro, Marcelo Crivella (Republicanos) não conseguiu se reeleger e recebeu 35,93% dos votos válidos.

A lição que fica para as próximas disputas é de que a união rende bons resultados para partidos que decidem tomar uma posição. Tanto os partidos de centro, que se consolidaram e foram os grandes vitoriosos dessa eleição, como as legendas de esquerda, enfraquecidas, descobriram que têm mais possibilidades ao caminharem juntos do que separados.

 

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