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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Caso Covaxin: reunião com o BNDES confirma tratamento diferenciado

Grupo empresarial grande como o de Francisco Maximiano não precisa de cicerone para falar com o Banco Nacional do Desenvolvimento

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jun 2021, 19h13 - Publicado em 25 jun 2021, 19h08

Os detalhes da reunião entre Flávio Bolsonaro no BNDES com o empresário Francisco Maximiano mostram que a Precisa tinha tratamento diferenciado no governo Federal. Afinal, o filho zero um do presidente envolveu-se pessoalmente no esforço de abrir a porta do Banco Nacional do Desenvolvimento para ele. A mesma Precisa, mais tarde, fechou o contrato de venda da vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde.

Qualquer empresário brasileiro sabe chegar no BNDES, ainda mais se for de uma empresa grande que faz contratos internacionais, sem precisar do auxílio de um senador. O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, como se sabe, é amigo dos filhos do presidente, que o indicaram para o cargo. Difícil negar pedido que chega com esse reforço.

Segundo reportagem dos jornalistas Letícia Casado, Daniel Pereira e Hugo Marques, Flávio Bolsonaro fez uma videoconferência para que Francisco Maximiano, dono da Precisa, conversasse com o BNDES sobre um projeto de fibra ótica, negócio de outra empresa dele.

Flávio Bolsonaro começou a sua fala na CPI negando qualquer fato estranho ao ter procurado o BNDES e diz que agiu como qualquer parlamentar. Para começo de conversa, ele não era qualquer parlamentar, não se pode abstrair do fato de que é o filho do presidente e amigo do presidente do BNDES. Segundo, o empresário não precisava de cicerone, tem muitas empresas e pode apresentar-se sozinho no banco que tem várias linhas de crédito em qualquer área.

Como bem explicou VEJA, a  Precisa se tornou o principal objeto de investigação da CPI da Pandemia desde que o deputado Luis Miranda (DEM-DF), apoiador declarado de Bolsonaro, afirmou que seu irmão Luis Ricardo, que era chefe de importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, sofreu pressão indevida de superiores para executar o contrato firmado com a empresa para compra de 20 milhões de doses de Covaxin, a um custo de 1,6 bilhão de reais. A tumultuada sessão desta sexta-feira, 25, tenta esclarecer as idas e vindas dessa negociação dentro do Ministério da Saúde.

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