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Bolsonaro e o novo medo em relação a Alexandre de Moraes

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2022, 12h43 - Publicado em 6 jul 2022, 14h00

Acossado pelo ministro Alexandre de Moraes em investigações sobre fake news, atos antidemocráticos e milícias digitais, Jair Bolsonaro usou a Advocacia Geral da União (AGU) nesta terça, 5 – leia-se o dinheiro do contribuinte -, para tentar tirar do magistrado qualquer poder sobre as novas suspeitas de interferência política na Polícia Federal.

Explico abaixo.

É que –  no dia anterior – Alexandre de Moraes pediu uma manifestação da Procuradoria Geral da República sobre a nova acusação relacionando o mandatário a investidas contra a PF. Agora (o presidente é reincidente neste tipo de atitude), no escandaloso caso que apura tráfico de influência do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

Numa reação a um ato corriqueiro do magistrado, que recebeu um pedido de investigação de Randolfe Rodrigues, Bolsonaro acionou a AGU para dizer que o inquérito que apura mal-feitos no MEC – incluindo a suspeita de intervenção dele na PF – já está com Carmén Lúcia, colega de toga de Moraes.

Para o presidente da República e a AGU, pode estar havendo duplicidade nas investigações neste caso. Bolsonaro quer, inclusive, a suspensão do pedido de Alexandre de Moraes à PGR, elevando um ato jurídico banal a um enorme problema.

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Desde que uma gravação autorizada pela Justiça revelou que Milton Ribeiro pode ter recebido informações privilegiadas do presidente da República, Cármen Lúcia fez o mesmo ato – pediu uma manifestação da PGR – e disse haver uma “gravidade incontestável” nas suspeitas contra o presidente no caso sob sigilo.

É preciso lembrar que tudo isso só ocorreu por outra questão bastante corriqueira no Supremo Tribunal Federal. O pedido de Randolfe que acabou sob a tutela de Alexandre de Moraes só chegou em seu gabinete porque o ministro preside outro inquérito semelhante, que trata da suspeita de interferência de Bolsonaro na PF denunciada por Sergio Moro.

Neste inquérito, a própria PF afirmou não haver indícios de atuação irregular do presidente, mas o caso ainda não foi arquivado por questões burocráticas. Portanto, continua nas mãos de Alexandre de Moraes. Por se tratar de suspeitas semelhantes, acabou sob a tutela dele, a quem o político de extrema-direita já acusou de abuso de autoridade.

A medida da AGU, que tenta tolher Moraes, é inócua. Carmen também não vai aliviar para Bolsonaro, mas o presidente da República mostra que pode estar ainda mais preocupado com magistrado conhecido como “xerife do STF”.

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