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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Bolsonaro agora quer usar a guerra para uma jogada absurda

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 mar 2022, 14h50 - Publicado em 2 mar 2022, 18h01

O presidente Jair Bolsonaro conseguiu a proeza de acrescentar mais um absurdo para sua interminável lista de feitos destituídos de pudor. Desta vez, quer usar a guerra como pretexto para atacar os indígenas brasileiros.

Em sua conta no Twitter, que este colunista não consegue acompanhar facilmente por estar bloqueado, Bolsonaro escreveu a seguinte raciocínio:

“Com a guerra Rússia/Ucrânia, hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”.

Para o presidente, o Brasil é dependente de fertilizante porque não tem potássio. E a solução então seria aprovar um antigo projeto dele sobre mineração em terras indígenas para poder explorar o importante elemento químico.

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Bolsonaro quer, na verdade, algo absurdo: “tirar a casquinha” da guerra – vejam vocês – para aprovar um projeto tenebroso que sua gestão defende com unhas e dentes – projeto este que não faz sentido. Foi rejeitado até por conservadores. Isso, além de afrontar a Constituição que protege as terras indígenas.

O problema é que nos acostumamos a ver Bolsonaro afrontar a Constituição. Neste caso, contudo, desde o início do governo, em 2019, o presidente força sua mão violenta sobre os indígenas.

O projeto que Bolsonaro defende não traz garantia nenhuma de que o Brasil ficará auto-suficiente em fertilizantes, como é hoje a Rússia. Mas temos certeza de uma coisa: aumentarão as mortes e a violência contra os indígenas por mais invasões de garimpeiros.

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Ou seja, é tentar pegar carona em uma tragédia, que é a guerra, para botar de pé, dar um empurrão num projeto ruim que ele mesmo mandou para o congresso, mas que não andou muito.

Felizmente e por sorte, tá?

O presidente da Câmara, Arthur Lira, se mostrou completamente aderente à pauta antiambiental de Bolsonaro. E… já mostrou várias vezes.

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