
A crise na segurança pública tomará proporções ainda maiores no estado do Rio de Janeiro e no país, se confirmada a principal linha de investigação do bárbaro assassinato de três médicos, nesta quinta, 5, na capital fluminense.
Integrantes do governo Lula admitiram isso à coluna, já que o caso revela o agravamento do descontrole da segurança pública em várias regiões.
A Polícia Civil do estado apura se Perseu Ribeiro Almeida, uma das vítimas, foi confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, criminoso do Rio das Pedras e da Muzema, comunidades de Jacarepaguá comandadas pela milícia.
Perseu foi fuzilado junto com os colegas ortopedistas Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), e Marcos de Andrade Corsato. Os assassinos deram mais de 30 tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, perto de Jacarepaguá.
Outra preocupação da gestão petista é a possibilidade de mais um crime no Estado – ao que tudo indica, envolvendo milicianos – ficar impune. De fato, o país não pode testemunhar mais um assassinato no Rio que não se sabe quem mandou matar, caso de Marielle Franco.
Dados da ONG fogo cruzado revelam o aumento de execuções e chacinas na Zona Oeste em meio às disputas de milícias. Foram 53 execuções em 2023 (67 mortos). Em 2022, no mesmo período, foram 12 [15 mortos]. Este ano já houve 12 chacinas, contra 4 do ano passado. É uma tragédia!”, afirma Cecília Olliveira que é diretora da organização.
Segundo ela, os tiroteios aumentaram 54% em relação a 2022, assim como aumentaram em 123% o número de mortes. Os dados impõem uma realidade na qual houve uma piora nos casos de violência, não só no Rio de Janeiro, que podem ser explorados pela oposição de Lula.