A prova de que Alexandre de Moraes não vai baixar a guarda ante Bolsonaro
Ministro continua trabalhando e não se intimida com ataques

Alexandre de Moraes não vai desistir.
Ainda bem.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) tem mostrado resiliência contra os ataques do presidente Jair Bolsonaro e de seus fiéis seguidores.
A decisão desta terça-feira, 3, de multar o deputado Daniel Silveira em R$ 405 mil é mais uma prova de que Moraes não vai baixar a guarda e pretende continuar fazendo seu trabalho apesar dos gritos dos bolsonaristas.
Ao estabelecer a multa, Moraes ainda aproveitou para deixar claro que a concessão do indulto a Daniel Silveira será analisada posteriormente.
Segundo o ministro, o indulto “não constitui ato imune ao absoluto respeito à Constituição Federal e é, excepcionalmente, passível de controle jurisdicional, pois o Poder Judiciário tem o dever de analisar se as normas contidas no Decreto de Indulto, no exercício do caráter discricionário do Presidente da República, estão vinculadas ao império constitucional”.
Ou seja, Moraes fez seu papel e ainda deixou no ar que pode estar trabalhando internamente para que o perdão dado por Bolsonaro seja cancelado.
A resiliência de Moraes vem sendo provada há alguns meses. Esta coluna já mostrou em diversas ocasiões como o ministro encara os ataques e não se deixa intimidar.
Em março deste ano, por exemplo, cobrou o governo sobre a extradição de Allan dos Santos, foragido da justiça brasileira nos Estados Unidos, com a ajuda do governo Bolsonaro.
Também em março, Moraes mandou suspender o Telegram em todo o país apesar da histeria de bolsonaristas contra a decisão.
Em janeiro, foi duro com o presidente ao manter a exigência do depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal.
Outra grande vitória de Moraes sobre os ataques que recebe é o inquérito das fake news. O ministro abriu a investigação e, há poucos dias, afirmou com todas as letras que não pretende arquivar nada e que agora estão chegando aos financiadores.
Em breve, Moraes assume a cadeira de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e essa resiliência será fundamental para que os brasileiros fiquem tranquilos em relação ao difícil trabalho que o ministro vai desempenhar na eleição mais polarizada da história do país.
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