
O presidente Lula sinalizou com pragmatismo a Javier Milei e agora aguarda um movimento no mesmo sentido do recém-eleito chefe de estado da Argentina.
Se vai acontecer… ainda é um mistério.
“Eu não tenho que gostar do presidente do Chile, da Argentina, da Venezuela. Ele não tem que ser meu amigo. Ele tem que ser presidente do país dele, eu tenho que ser presidente do meu país. Nós temos que ter política de Estado brasileira e ele do Estado dele. Nós temos que sentar na mesa, cada um defendendo os seus interesses e […] chegar a um acordo”, disse o petista nesta terça, 21, claramente abrindo o diálogo com o presidente eleito da Argentina.
O próprio ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta, confirmou a informação no Ponto de Vista, novo programa de política de VEJA. “Qualquer gesto tem que partir de quem ofendeu”, afirmou à colega colunista Marcela Rahal.
Durante a campanha, Javier Milei chamou Lula de corrupto, comunista e “socialista com vocação totalitária”.
Terceiro maior parceiro comercial no mundo e primeiro na América Latina, o país vizinho tem importante participação na balança comercial brasileira.
Como informou a coluna nesta segunda, 20, a ordem no Palácio do Planalto é de cautela e de não “responder de bate-pronto” eventuais provocações do líder da extrema-direita argentina.
Agora, com o movimento pragmático de Lula no dia de hoje, o governo brasileiro espera uma mudança de tom de Javier Milei. Não que vá acontecer, mas esse é desejo no núcleo mais próximo do presidente brasileiro.