Fez errado, devia ter vendido aqui, diz Valdemar sobre joias de Bolsonaro
Presidente do PL diz que Bolsonaro não tinha a “intenção de fazer alguma coisa errada”.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, em entrevista ao Amarelas On Air de Veja, que as investigações envolvendo Bolsonaro são fruto de perseguição política do Poder Judiciário e que não há nada que implique o ex-presidente.
A Polícia Federal apura, entre outras frentes, um suposto esquema de negociação ilegal de joias e presentes dados por delegações estrangeiras à presidência da República, na época no governo Bolsonaro. Os itens de alto valor teriam sido omitidos e vendidos para o ex-presidente.
Valdemar admite que Bolsonaro achou que se tratavam de presentes pessoais e que isso não implicaria em nenhum tipo de crime. No entanto, diz que o erro do ex-presidente foi ao tentar vender fora do país, por meio do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, as joias que teriam sido dadas pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro.
“Ele não fez aquilo com a intenção de fazer alguma coisa errada. Ele fez aquilo porque achou que podia fazer. Fez errado. Devia ter vendido aqui”, disse o líder do PL.
Então, o questionei se Bolsonaro teria vendido mesmo. Ele respondeu: “O Cid fez pra ele. Isso não tem ilegalidade porque a joia era dele. Eles não deviam ter discutido isso na época, deviam ter descartado essa história de cara. A joia é minha, eu faço o que eu quiser”.
Sobre Bolsonaro, mesmo inelegível, Valdemar afirmou que o partido ainda acredita que ele será o candidato em 2026. Segundo ele, “no Brasil tudo muda”.
Nas eleições municipais, o PL vai apostar no apoio do ex-presidente e da ex-primeira dama Michele, mesmo com tantas investigações contra Bolsonaro, para conquistar mais prefeituras. A expectativa do partido é passar dos atuais 480 para 1200 prefeitos eleitos.
Veja a entrevista completa abaixo:






