Avanço de Marçal vem de dentro da base de Nunes, diz diretor de pesquisa
Em live de VEJA, Yuri Sanches, da AtlasIntel, analisou crescimento do coach na disputa em São Paulo e tratou das rejeições dos principais candidatos
O diretor de análise política da AtlasIntel, Yuri Sanches, afirmou em entrevista ao programa Ponto de Vista, de VEJA, desta quinta-feira, 22, que o crescimento de Pablo Marçal na última pesquisa do instituto para a prefeitura de São Paulo, divulgado na quarta-feira, 21, ocorreu “principalmente dentro da base do próprio prefeito Ricardo Nunes”.
Na sondagem, Guilherme Boulos está com 28,5% das intenções de voto, seguido por Nunes, com 21,8%. Na sequência, vem o coach, com 16,3%. A deputada Tabata Amaral aparece com 12%, tecnicamente empatada com o apresentador José Luiz Datena, com 9,5% das intenções de voto. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Segundo o analista, o avanço de Marçal ocorreu “especialmente dentro de eleitores que votaram em 2022 em Jair Bolsonaro”. Para ele, as atuações do coach nos debates, o que classificou como “momentos emblemáticos, contraditórios e controversos”, eram uma “tática de crescimento” e o que “ele precisava para se identificar como um candidato que estaria mais próximo do que seriam os ideais do eleitorado bolsonarista”.
Sanches também avaliou que o crescimento do candidato do PRTB afeta Boulos, porque ele ajuda a aumentar a rejeição do psolista. “Pablo Marçal tem um caminho que não seria possível descartar ele eventualmente no segundo turno”, salientou.
O diretor da Atlas também comentou a alta rejeição dos três principais concorrentes até o momento, que, na pesquisa do instituto, está acima de 55%. Para ele, isso pode acarretar em mudanças na corrida eleitoral. “Depende de como Boulos, Nunes e o próprio Marçal vão seguir essa campanha. A Tabata se coloca dentro desse cenário como a candidata que tem a maior imagem positiva e a menor imagem negativa”, avaliou.
Crise entre Poderes
O líder do PP na Câmara, Dr Luizinho, também participou do programa para comentar os próximos passos do acordo firmado com STF para dar mais transparência às emendas parlamentares. Segundo ele, a questão “foi resolvida de forma bastante breve, com uma reunião de consenso entre poder Legislativo, Executivo e Judiciário”. “Acho que para fazermos o país andar para frente precisamos de mais diálogo e oportunidades dos Poderes conversarem mais e esclarecerem situações”, disse, defendendo ainda o pedido do Supremo para que haja mais transparência nos valores distribuídos. “Nada mais justo”, afirmou.
Sobre o programa
O Ponto de Vista é apresentado por Marcela Rahal, transmitido ao vivo às 12h, e também trata das principais notícias do dia.
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