Após reabertura de Rafah, Israel deve liberar saída de brasileiros
O Itamaraty confirma que o governo israelense assegurou que o grupo poderá deixar a Faixa de Gaza até quarta-feira

Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, quando a Faixa de Gaza foi cercada, palestinos e estrangeiros tentam deixar a região, que vive sob intensos bombardeios. Israel não quis abrir sua fronteira para impedir que terroristas entrem em seu território.
A única saída seria por Rafah, que faz fronteira com o Egito. Mas o corredor vive em constantes ataques entre terroristas e o Exército israelense.
Pelo menos quatro tentativas de resoluções foram negadas no Conselho de Segurança da ONU com o intuito de criar esse corredor humanitário para que civis pudessem deixar o local, que vive uma verdadeira tragédia humanitária, com milhares de mortos, e ainda sem água, luz e comida.
Um acordo entre Israel, Egito e o Hamas, mediado pelo Catar, permitiu, desde a última quarta-feira, 1º, a passagem por Rafah para ajuda humanitária, saída de palestinos gravemente feridos e estrangeiros. Foram três listas de civis liberados, controladas pelo Egito. O grupo de cerca de 30 brasileiros não estava em nenhuma delas.
A saída foi novamente fechada após um ataque de Israel, no sábado 4, que atingiu um comboio de ambulâncias da organização humanitária Crescente Vermelho Palestino. Nesta segunda-feira, 6, no entanto, a passagem foi reaberta.
O Itamaraty confirmou hoje à coluna que Israel manteve a promessa de que o grupo de brasileiros que está em Gaza será liberado até quarta-feira. Mas, num cenário de guerra, nada é garantido. Infelizmente.