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Por José Benedito da Silva
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Troca na Petrobras não muda nada, diz caminhoneiro líder de greve em 2018

Apoiador de Bolsonaro em 2018, Chorão diz que governo quebrou promessas e tenta 'ganhar tempo' com troca na estatal

Por Tulio Kruse Atualizado em 14 abr 2022, 14h52 - Publicado em 14 abr 2022, 12h36

A mudança na presidência da Petrobras é encarada com ceticismo pelo líder da greve dos caminhoneiros de 2018, Wallace Landim, conhecido como Chorão. A estatal deve nomear José Mauro Ferreira Coelho para o cargo nesta quinta-feira, 14, mais de duas semanas após o presidente Jair Bolsonaro demitir o general Joaquim Silva e Luna em meio a críticas à alta do preço dos combustíveis.

Apoiador de primeira hora do governo e hoje crítico a Bolsonaro, o líder caminhoneiro diz que o presidente quebrou uma promessa com a categoria de que mudaria a política de preços da Petrobras e não vê, com a troca de comando, nenhuma mudança efetiva.

“A gente vê a questão da Petrobras como algo que o governo vem ganhando tempo”, diz Chorão. “Nada das promessas que foram feitas saiu do papel, a gente veio acreditando no governo atual, que ele realmente ia fazer alguma coisa para a nossa categoria, que também favorece toda a sociedade. E a gente se deparou com um governo que está trabalhando para o mercado, que não quer se desgastar com o mercado.”

O aumento no preço dos combustíveis anunciado no início de março, de 18% para a gasolina e quase 25% para o diesel, foi o principal motivo para a demissão de Silva e Luna. Não há sinalização, porém, de que a Petrobras mudará a forma como calcula o preço cobrado na venda de combustíveis. Desde 2016, a estatal adota uma política de ajustar os preços de combustíveis no país de acordo com o mercado internacional. Essa mesma política motivou os protestos de caminhoneiros que paralisaram o país por alguns dias em 2018, sob o argumento de que a alta nos preços estava estrangulando o rendimento de caminhoneiros autônomos. Bolsonaro tem se mostrado contrário ao repasse de preços internacionais para o consumidor, mas a política da estatal foi mantida.

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Chorão defende um retorno à política anterior, que levava a prejuízos na Petrobras por deixar de repassar os preços internacionais para o mercado interno. Os caminhoneiros também já sugeriram a criação de um fundo que sirva para amortecer os prejuízos em épocas de alta do preço. “Nada vai mudar enquanto o preço estiver atrelado no PPI (Paridade de Preço de Importação). Ficou muito claro que até a questão do ICMS nos estados é paliativo. Eu não vejo mudança nenhuma (com a troca de gestão)”, diz o caminhoneiro.

Em vez de apoiar um candidato à Presidência da República, como em 2018, a categoria agora tenta levar suas propostas aos presidenciáveis. Chorão já discutiu o tema dos preços de combustíveis com Ciro Gomes (PDT) e quer manter diálogo com as demais candidaturas.

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