Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

SP: a nova estratégia para abafar a guerra política e emplacar a CoronaVac

Na reta final dos testes, governador João Doria se afasta dos anúncios técnicos envolvendo a vacina para diminuir a resistência de Bolsonaro ao imunizante

Por Eduardo Gonçalves Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 nov 2020, 19h48 - Publicado em 23 nov 2020, 15h54

Na reta final dos testes clínicos da CoronaVac, o governo de São Paulo decidiu mudar de estratégia para não criar mais animosidade com o governo federal, a quem cabe comprar e incluir a vacina contra Covid-19 no programa nacional de imunização para ser distribuída no Brasil inteiro.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu se afastar dos anúncios técnicos envolvendo o imunizante. Segundo secretários e auxiliares, o objetivo é evitar a guerra política em torno do assunto e superar a resistência do presidente Jair Bolsonaro à vacina, que é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Foi o que aconteceu nesta segunda-feira, 23, na divulgação da informação de que a CoronaVac atingiu o número mínimo (61) de voluntários infectados por Covid-19, condição para atestar o seu grau de eficácia. Sem Doria, o evento foi conduzido pelo secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, que frisou que o governador se mantém “afastado” do comitê estadual da Covid-19 justamente para evitar a alegação de “interferência política”.

Nos bastidores, as conversas entre os técnicos do Butantan e do Ministério da Saúde estão “fluindo bem”. No entendimento dos integrantes do governo paulista, o protocolo de intenções de compra da Coronavac junto ao Butantan – assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello — não foi anulado e continua de pé, mesmo depois de Bolsonaro ter dito um dia depois que havia “mandado cancelar” o documento.

Na visão deles, será “dificílimo” o presidente barrar uma vacina que deve se comprovar segura e eficaz nas próximas semanas e terá 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas em janeiro.

Continua após a publicidade

Para conseguir a aprovação célere na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a etapa final para destravar a negociação com o governo federal, o Butantan tentará também registrar o imunizante com a agência similar chinesa — medida prevista em legislação aprovada pelo Congresso Nacional neste ano. Com isso, a Anvisa não precisaria repetir os trâmites que já foram certificados na China, explicou o secretário-executivo do comitê de contenção do coronavírus de São Paulo, João Gabbardo. 

“Não faria sentido a não incorporação dessa vacina ao PNI (programa de imunização do Ministério da Saúde). Essas notícias a colocam como a vacina mais próxima de utilização no Brasil”, acrescentou o diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, referindo-se à fase dos testes clínicos da CoronaVac. 

Para não abrir margem para ruídos, como ocorreu em anúncios anteriores, o Butantan ainda quer esperar o pronunciamento do comitê internacional independente, que monitora os testes da Coronavac, para divulgar os dados de eficácia — o que deve ocorrer já na próxima semana. A ideia é dar mais credibilidade à vacina, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das oito em desenvolvimento mais promissoras do mundo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.