Slogan de Doria na Prefeitura é ‘desemprego’, ataca Holiday
Coordenador do MBL, vereador paulistano criticou as novas regras para o funcionamento de aplicativos de transporte, como Uber, 99 e Cabify
O Movimento Brasil Livre (MBL) e o prefeito João Doria (PSDB) já foram mais amigos. Coordenador nacional do movimento, o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM) criticou a resolução editada por Doria que cria novas regras para o funcionamento de aplicativos de transporte em São Paulo, ironizando o slogan da administração tucana, que é “Trabalho, trabalho e trabalho”.
Em sua conta no Twitter, Holiday disse que a resolução “precisa ser barrada a qualquer custo”. “Não é possível que a prefeitura esteja contente em acabar com o sustento de 50 mil famílias”, escreveu na legenda de uma imagem que trazia uma foto do prefeito e uma “correção” no bordão. “Depois do decreto nos aplicativos de carona, o novo slogan da Prefeitura passou a ser: desemprego, desemprego e desemprego”.
A nova resolução da Prefeitura de São Paulo endureceu as regras anteriores, da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), para o funcionamento dos aplicativos. A partir de janeiro de 2018, motoristas passaram a ser proibidos de rodar com carros fabricados há mais de cinco anos (sete, caso tenha se cadastrado antes de julho de 2017) e a emplacar os veículos na cidade de São Paulo.
Condutores também precisam, agora, fazer um curso a distância de boas práticas ao volante e a identificarem visualmente as empresas para as quais trabalham. Já os aplicativos, por sua vez, passaram a ser obrigados a fiscalizar o veículo e conceder um certificado de inspeção.
Motoristas e empresas criticam a nova regulamentação, afirmando que ela dificulta a operação na cidade. As principais empresas que oferecem o serviço — Uber, 99 e Cabify — argumentam que as novas regras burocratizam o sistema sem oferecer garantias de melhoria. Também entendem que os usuários serão prejudicados porque haverá menos motoristas disponíveis.
A versão atual que entrou em vigor já é mais flexível do que a proposta original. Pelo projeto divulgado inicialmente, a regra de cinco anos valeria para todos os condutores, o curso teria parte presencial e as identificações precisavam ser feitas através de adesivos.