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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Quem é o secretário de Queiroga que defende a cloroquina e ataca a vacina

Helio Angotti Neto, que assina documento contrário à ciência, esteve entre os alvos da CPI da Pandemia e foi a Israel atrás de spray nasal contra a Covid-19

Por Da redação
Atualizado em 24 jan 2022, 12h23 - Publicado em 24 jan 2022, 12h13

Responsável pela nota do Ministério da Saúde que afirma que as vacinas não têm efetividade e segurança contra a Covid-19, mas a hidroxicloroquina, sim, o médico Helio Angotti Neto é um velho conhecido da CPI da Pandemia, que o indiciou por epidemia com resultado em morte e incitação ao crime. O posicionamento expresso no documento já foi refutado por pesquisas científicas que mostram exatamente o contrário.

No relatório final da comissão, a atuação de Angotti à frente da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do ministério  — por onde passa a definição das compras de remédios para a rede pública — foi marcada pela defesa de medicamentos sem eficácia e pela omissão, como a falta de monitoramento de insumos que levou à morte de pacientes sem oxigênio em Manaus. “O secretário propagava em redes sociais e lives com o presidente da República o uso de medicamentos sem eficácia comprovada”, aponta o relatório. 

A CPI apontou a participação de Angotti no núcleo que dava suporte ao “gabinete do ódio” — o birô digital de desinformação que opera de dentro do Palácio do Planalto. “Eles incentivaram as pessoas ao descumprimento das normas sanitárias impostas para conter a pandemia e adotaram condutas de incitação ao crime”, aponta o relatório. Uma decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, impediu que a comissão quebrasse seu sigilo. 

Considerado mais um integrante da ala olavista do governo de Jair Bolsonaro, Angotti integra a gestão desde o início, quando assumiu o cargo de diretor do Departamento de Gestão da Educação do Ministério da Saúde, onde era subordinado a Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. Foi na gestão de Eduardo Pazuello que ele assumiu a secretaria atual. Ele chegou a entrar na lista de possíveis demitidos com a chegada de Marcelo Queiroga, mas reputa-se ao bom relacionamento com a família Bolsonaro a sua principal credencial para permanecer no posto.

Em março de 2021, Angotti integrou a comitiva que foi a Israel acompanhar o desenvolvimento de um spray nasal contra a Covid-19. A aposta do governo sofreu recentemente um revés na Anvisa, que cancelou a liberação do medicamento por entender que uma auditoria mostrou que ele não corresponde ao que havia sido descrito no pedido de autorização de uso. 

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