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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Quais são as facções do crime organizado que atuam na Amazônia

Região é cada vez mais palco de disputas entre grupos locais, PCC e Comando Vermelho e ponto de conexão com cartéis de traficantes do Peru e da Colômbia

Por Da Redação Atualizado em 13 jun 2022, 18h03 - Publicado em 13 jun 2022, 15h38

A Amazônia normalmente ganha o noticiário por conta dos crimes ambientais cada vez mais comuns na região, como a exploração de madeira, o garimpo ilegal, a invasão de terras indígenas e o tráfico de animais. Mas é cada vez mais preocupante também a atuação das principais facções do crime organizado no Brasil, que aumentam a sua presença no Norte do país, conectando diversas atividades criminosas e estabelecendo laços com cartéis do tráfico de drogas que atuam na Colômbia e no Peru.

Além das já conhecidas Primeiro Comando da Capital (PCC), que se originou no sistema penitenciário de São Paulo, e Comando Vermelho (CV), que ganhou vida nos presídios e nos morros do Rio de Janeiro, atuam na Amazônia outras facções locais importantes, que ganharam tamanho até para rivalizar com os dois grupos oriundos do Sudeste.

Um deles é a Família do Norte (FDN), que surgiu em 2007 e ganhou corpo nos presídios e na periferia de Manaus e chegou a ter confrontos abertos com as facções maiores, como em janeiro de 2017, quando o grupo foi responsável pelo massacre de 56 presos do PCC no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

Presos ligados ao CCA durante massacre de presos em presídio de Altamira, em julho de 2019, o maior depois do Carandiru
Presos ligados ao CCA durante massacre em presídio de Altamira, em 2019, o maior depois do Carandiru — (Reprodução/Reprodução)

Outra facção que vem ganhando espaço nos últimos anos é o CCA (Comando Classe A), que em julho de 2019 se tornou conhecida nacionalmente de forma macabra ao promover massacre semelhante: foi responsável pela morte de 62 presos supostamente ligados ao CV – dezesseis deles decapitados – no complexo penitenciário de Altamira (PA). Foi o maior massacre da história do país depois do Carandiru, em São Paulo.

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Há também um outro grupo, conhecido como Os Crias, que surgiu a partir de um racha na FDN e que atua principalmente na região de Tabatinga, na tríplice fronteira com Colômbia e Peru. Também seria a facção que controla o crime na região do Vale do Javari, segundo Renato Sérgio Lima, coordenador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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Bombeiros encontraram mochila e objetos pessoais durante buscas pelo indigenista Bruno Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, na região do Vale do Javari (AM) — (Superintendência Regional de Polícia Federal no Amazonas/Reprodução)

Foi no Vale do Javari que desapareceram o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Araújo Pereira. Boa parte da entrada de cocaína no país se dá pelas rotas dos Rios Solimões e Javari, onde é forte a atuação desses grupos organizados.

“A região do Vale do Javari é hoje palco de fortes disputas e é controlada por uma facção local chamada Os Crias, que é uma dissidência da FDN, maior e mais conhecida. Desmatamento, garimpo e domínio de rotas do tráfico são algumas das atividades criminosas mais comuns”, afirmou o especialista em post na rede social.

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