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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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PSDB tenta concluir prévias e definir presidenciável do partido para 2022

Após pane em aplicativo para votação por filiados no domingo, legenda reabre neste sábado a disputa entre João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio

Por Da Redação 27 nov 2021, 07h00

O PSDB tenta recolher neste sábado, 27, os votos de cerca de 40.000 filiados que se inscreveram nas prévias do partido e encerrar assim um dos capítulos mais democráticos e mais conturbados da história da sigla: a escolha de quem irá representar a legenda como candidato a presidente da República na eleição de 2022.

Pela primeira vez em sua história, o partido apostou na realização de prévias para a definição do nome que irá concorrer ao Planalto – foi a segunda vez na história partidária brasileira; a primeira foi a disputa entre Eduardo Suplicy e Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Três candidatos disputam a indicação: os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) e o ex-prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virglio.

A aposta no partido era que o processo funcionaria como um trampolim para a pré-candidatura tucana, uma vez que o escolhido sairia vencedor de uma disputa democrática dentro do único partido do centro brasileiro que já venceu uma eleição presidencial direta desde a redemocratização. Com isso, a ideia era que a legenda ganharia autoridade política para liderar a construção da terceira via entre Lula e Jair Bolsonaro, hoje os favoritos ao Planalto.

Nada saiu como o esperado, no entanto. Uma pane no aplicativo escolhido para computar os votos dos filiados impediu a conclusão da votação na data das prévias, no domingo, 21. Apenas cerca de 4.000 cadastrados conseguiram votar, menos de 10% do total, antes do embaraçoso anúncio da decisão de suspender a votação.

O aplicativo usado naquele dia havia sido encomendado à Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs), ao custo de mais de 1 milhão de reais. O sistema funcionou bem apenas durante cerca de uma hora.

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No início da semana o partido mergulhou na operação para encontrar uma nova ferramenta que permitisse a conclusão da votação de forma segura e o mais rápido possível, para evitar prolongar o constrangimento vivido pela legenda.

A segunda tentativa, no entanto, também deu errado. Uma ferramenta da Relatasoft, foi testada entre terça-feira e quarta-feira, mas foi derrubada com uma certa facilidade pelas equipes de tecnologia do partido e rapidamente descartada.

Agora, o aplicativo usado é o desenvolvido pela startup BeeVote. A ferramenta foi testada pelas equipes dos três pré-candidatos. “Foi um trabalho muito intenso de todo o partido, uma sinergia de todo o conjunto técnico e político das três candidaturas. Nos preparamos da melhor forma possível”, disse o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo. Para ele, o contratempo vivido pela legenda nos últimos dias foi consequência do pioneirismo. “Ousadia e inovação levam a risco. O fácil é ser inerte, é ficar acomodado”, afirmou.

A votação será realizada das 8h às 17h, o mesmo horário tradicionalmente adotado nas eleições brasileiras. Para votar, o eleitor já cadastrado terá que acessar o site https://www.psdb.beevote.com.br e seguir as orientações.

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Bruno Araújo não quis dar nenhuma previsão sobre quando o partido poderá divulgar o resultado das prévias. Haverá três blocos de votos para apurar: o da votação deste sábado; o da votação feita por meio do primeiro aplicativo no domingo (cerca de 4.000 votos) e o sufrágio realizado presencialmente no evento em Brasília no mesmo domingo, por meio das urnas eletrônicas cedidas pelo Tribunal Superior Eleitoral – nesse pacote estão os votos dos tucanos com mandato e membros da direção nacional. “Essa parte dos votos está devidamente protegida, guardada, lacrada”, disse Araújo.

Terceira via

A definição do candidato do PSDB é considerada fundamental na construção de uma terceira via entre os hoje favoritos Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. Até agora, além dos três pré-candidatos tucanos, há mais sete sendo cogitados. Três deles já estão em campanha: o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o cientista político Luiz Felipe D’Avila (Novo).

Também podem participar da disputa o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e os senadores Alessandro Vieira (Cidadania) e Simone Tebet (MDB-MS). O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que se apresentou como pré-candidato pelo União Brasil, é hoje considerado carta quase fora do baralho, mas ele afirma que mantém o seu nome como alternativa.

 

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