Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Pazuello contraria Bolsonaro e diz que presidente nunca vetou a CoronaVac

'Já mandei cancelar, o presidente sou eu', disse Bolsonaro após acordo com o Butantan em outubro de 2020; para ex-ministro, fala foi reação política a Doria

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2021, 14h37 - Publicado em 19 Maio 2021, 12h48

Em seu depoimento à CPI da Pandemia, no Senado, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha lhe dado ordens para desfazer um acordo com o Butantan para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, vacina produzida pelo instituto paulista em parceria com a chinesa Sinovac. O próprio Bolsonaro, no entanto, declarou publicamente e alardeou nas redes sociais, dois dias após a assinatura do protocolo de intenções, em 19 de outubro de 2020, que havia mandado cancelar o acerto. “Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade”, disse.

Depois da assertiva do presidente, atribuída pelo ex-ministro a uma reação de Bolsonaro ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), Pazuello deu a notória declaração de que “é simples assim: um manda e o outro obedece” — agora classificada por ele como mero “jargão de internet”. Em sua participação na CPI, o ex-ministro tem reafirmado, contraditoriamente, que nunca recebeu ordens diretas de Bolsonaro sobre a condução da pandemia, a exemplo da defesa do tratamento precoce, com uso de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina.

“Acreditem, nunca o presidente mandou eu desfazer qualquer contrato qualquer acordo com o Butantan, em nenhuma vez. Queria lembrar que o presidente fala como chefe de Estado, como chefe de governo, como comandante das Forças Armadas, chefe da administração federal, mas também como agente político, então, quando ele se pronuncia quando recebe uma posição de um agente político de São Paulo, ele também se posiciona como agente político também, daqui pra lá. A posição de agente político dele ali não interferiu em nada o que estávamos falando com o Butantan. Tínhamos reunião semanalmente, em novembro e dezembro, sem parar”, afirmou aos senadores.

Com a insistência do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), a respeito da ingerência de Bolsonaro nas tratativas com o Butantan, Eduardo Pazuello repetiu não ter havido qualquer ordem nesse sentido. “Ele nunca falou para que eu não comprasse um ai do Butantan. Ele falou publicamente, [mas] para o ministério ou para mim, nunca. Até porque eu não tinha comprado nada e não podia comprar nada. Ele não me deu ordem para não comprar nada”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.