A Polícia Civil do Distrito Federal começou a solicitar à Justiça a quebra de sigilo dos dados de aparelhos celulares das pessoas presas após o quebra-quebra de domingo 8. Na quarta-feira 11, o delegado Isac Batista de Azevedo, responsável pelo 1° DP de Brasília, enviou dois ofícios para acessar conversas de três dos detidos.
Um deles, Marcos dos Santos Rabelo, que é morador de Marabá (PA), estava acampado na capital federal havia 60 dias. Com ele foram encontrados três pedaços de pau, um estilingue, cinco bolinhas de gude e cinco chumbadas de anzol. Ao delegado, o acusado disse que os objetos eram para “defesa pessoal”. “O acesso ao conteúdo do celular se mostra imprescindível ao prosseguimento das apurações com o objetivo de identificar os demais autores, partícipes e, sobretudo, os eventuais financiadores do movimento golpista”, afirmou Azevedo.
Nos outros dois casos, os presos disseram em depoimento que os custos de alimentação eram bancados por fazendeiros de Água Azul do Norte (PA), que enviavam dinheiro via Pix sempre que os mantimentos acabavam. Com a dupla a polícia também encontrou paus, estilingues e bolas de gude.
Além de obter nomes de quem bancou a empreitada golpista, o delegado vai procurar nos celulares apreendidos vídeos, fotos, diálogos e contatos que possam localizar mais bolsonaristas que depredaram o Palácio do Planalto, o prédio do STF e o Congresso Nacional.