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Os números do avanço de Lula e da queda de Bolsonaro no Sul do país

Segundo Datafolha, petista avançou em intenções de voto em primeiro e segundo turnos e reduziu rejeição, enquanto presidente viu votos e aprovação recuarem

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jun 2022, 10h25 - Publicado em 4 jun 2022, 13h47

A passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), pelo Sul do país, nesta semana, veio em momento pra lá de conveniente, como mostra reportagem de VEJA desta semana. Números da mais recente pesquisa Datafolha, divulgada no fim de maio, apontam avanço significativo do petista na região e confrontam a lógica segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) repetiria com facilidade o bom desempenho eleitoral entre os eleitores sulistas. Naquele ano, a região deu a Bolsonaro seus mais altos índices de votação nos dois turnos.

Segundo o instituto de pesquisas, Lula superou Bolsonaro em intenções de voto espontâneas no Sul, onde o petista também ampliou a vantagem em primeiro e segundo turnos e reduziu sua rejeição. Enquanto Lula avançou, Bolsonaro viu suas intenções de voto caírem, assim como a boa avaliação dos eleitores dali sobre sua gestão. Aumentaram sua rejeição, o número de pessoas que dizem não confiar em suas declarações e aqueles que classificam seu governo como “ruim ou péssimo”.

As razões para os novos ventos no Sul são variadas. O fator econômico, como em todo o país, influenciou, em especial a alta dos preços. “Sobre a situação econômica dos entrevistados no Sul, em março, 41% diziam que tinha piorado. Agora são 51%”, diz Luciana Chong, diretora do Datafolha. Outra variável pró-Lula, esta política, pode estar ligada à saída da corrida presidencial de nomes de centro como João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil).

Segundo políticos e observadores da política do Sul, também pesam na balança fatores como o vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), cujo perfil conservador é visto por petistas como trunfo na região, além de elementos locais, a exemplo do peso do campo na economia sulista e do histórico de ações do PT para o setor, sobretudo pequenos produtores.

Veja abaixo os números que traduzem o avanço de Lula no Sul:

 

Pesquisa espontânea:

Entre março e maio, o Sul passou de única região em que Jair Bolsonaro superava Lula nas respostas espontâneas da disputa presidencial (29% a 24%) para a segunda região do país em que Lula mais tem vantagem sobre Bolsonaro (36% a 25%) neste aspecto. Só o Nordeste (49% a 15%) tem diferença maior pró-Lula nas respostas espontâneas do que o Sul.

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Primeiro turno (estimulada):

Em março, nos cenários que consideravam nomes de centro, como João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e Sergio Moro (União Brasil), Lula tinha seis pontos de vantagem sobre Bolsonaro no Sul. De março para maio, com a saída de Doria, Moro e Leite, o Sul se tornou a segunda região com maior diferença de Lula para Bolsonaro no primeiro turno, dezessete pontos (47% a 30%), atrás somente do Nordeste (62% a 17%) em vantagem para o petista.

 

Segundo turno:

Em março, o Sul era a região que apresentava a disputa mais acirrada no segundo turno, com diferença de apenas sete pontos de Lula para Bolsonaro (48% a 41%). De março para maio, a diferença de Lula para Bolsonaro subiu para 22 pontos (57% a 35%). Assim, o Sul se tornou a região com a segunda maior vantagem pró-Lula no segundo turno, superado apenas pelo Nordeste, onde a diferença entre os dois candidatos é de cinquenta pontos (71% a 21%).

 

Rejeição (em quem o eleitor não vota de jeito nenhum):

Em março, o Sul era região do país que mais rejeitava Lula (45%) e a que menos rejeitava Bolsonaro (46%). De março para maio, o Sul foi a região onde Lula mais reduziu sua rejeição, dez pontos (35%), e a região onde Bolsonaro mais aumentou sua rejeição, cinco pontos (51%).

 

Avaliação do governo Bolsonaro:

Em março, o Sul era a região do país que mais classificava o governo Bolsonaro como “ótimo ou bom” (32%). Em maio, a região apresentou a maior queda nesta avaliação, seis pontos (26%), tornando-se a segunda com menor índice de “ótimo ou bom”, empatada numericamente com o Sudeste – só o Nordeste aprova menos o governo, com 17%.

Em março, os eleitores sulistas tinham a segunda menor avaliação “ruim ou péssimo” sobre o governo Bolsonaro (40%), à frente apenas do Centro-Oeste (39%). De março para maio, o Sul foi a região com maior aumento na avaliação “ruim ou péssimo” da gestão, quatro pontos (44%).

 

Confiança no que Jair Bolsonaro diz:

Entre todas as regiões do país em março, o Sul tinha os eleitores que mais diziam “sempre confiar” nas declarações de Bolsonaro (23%) e os que menos diziam “nunca confiar” (44%). Até maio, entre todas as regiões, o Sul teve a maior queda nos eleitores que “sempre confiam”, sete pontos (16%), e o maior avanço entre os que “nunca confiam”, onze pontos (55%).

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