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Por José Benedito da Silva
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O PSDB precisa ser de centro-direita, diz o novo tucano Rodrigo Maia

Ex-presidente da Câmara, que organizará o plano de governo de João Doria, afirma que 'não há centro' e que o sistema político brasileiro é 'binário'

Por Bruno Ribeiro 3 abr 2022, 09h53

Recém-filiado ao PSDB, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia afirmou que o partido cometeu um “erro” após o término do governo Fernando Henrique Cardoso ao não se posicionar claramente como um partido de centro-direita e que, por isso, deu espaço para que Jair Bolsonaro lhe roubasse eleitores em 2018. Maia, que será o coordenador do plano de governo da candidatura de João Doria, de quem foi secretário nos últimos meses, apontou na última sexta-feira, 1º, os rumos que defende para o partido, que deve trabalhar para fortalecer especialmente no estado do Rio de Janeiro.

Para Maia, o excesso de recursos na mão de políticos advindo do Fundo Eleitoral e das emendas secretas fizeram com que o debate de ideias nos partidos desse lugar a discussões sobre a repartição desses recursos, e dessa forma as pautas de centro-direita perderam força. “Os partidos deveriam buscar poder. Mas no dia seguinte os deputados são cooptados pelas emendas de relator, que desorganiza toda a estrutura partidária do Congresso Nacional. Nesse cenário, vamos para uma eleição difícil. E nada mais importante do que a gente conhecer e estudar nossas origens e nossos erros e acertos”, disse.

Para Maia, o PSDB tem uma origem na democracia-cristã de Franco Montoro. “Depois que o partido deu um passo para a social democracia. E nós, historicamente, cometemos, no meu ponto de vista, o erro de aceitar, no longo prazo, a palavra ‘centro’. Centro é como nós legitimamos aqueles que não têm ideia e fazem parte de qualquer governo”, disse Maia. “Não somos de centro. O sistema é binário. Não há eleição que não seja assim. E nós, infelizmente, o presidente Bolsonaro nos tirou da polarização em 2018. Não há terceira via. Não há centro”, afirmou o deputado licenciado.

O novo tucano defende que o partido, a partir de agora, tenha posições mais claras de oposição a propostas de esquerda para chegar ao segundo turno e bater a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. “A política não permite que, sem ideias, a gente chegue a algum lugar. Então ou nós vamos compreender que existem duas posições no segundo turno e nós queremos representar uma das duas ou nós estaremos fadados a mais uma derrota”, argumenta.

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Maia disse que os eleitores que historicamente votam com o PSDB votaram em Bolsonaro em 2018 e, neste momento, se sentem traídos pelo presidente. “Uma outra parte dos nosso eleitores também está com Lula. Ela rejeita o governo Bolsonaro mas ainda não encontra em nossa candidatura força para derrotá-lo”, continuou.

O PSDB, para ele, precisa adotar um debate de ideias e apresentar propostas de desenvolvimento nacional próprias, diferentes das de Bolsonaro, mas no campo da centro-direita. “A solução não é olhar para o passado, para o PT, é olhar para o futuro, para uma gestão como a do governador João Doria”, do qual ele fez parte.

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