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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O malabarismo de Heloísa Helena e Marina Silva para não dar as mãos a Lula

Ambas devem disputar eleição ao Congresso pela federação Rede-PSOL, que irá caminhar com o petista na eleição

Por Da Redação 14 mar 2022, 15h02

As duas já foram protagonistas do cenário eleitoral nacional, ambas disputando a Presidência da República. As duas também já foram filiados ao PT, apoiaram os primeiros movimentos do petismo no topo do poder, mas romperam de forma barulhenta com o partido. E as duas podem voltar agora às urnas, nas eleições deste ano, por uma frente de esquerda que terá como principal nome o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A enfermeira e professora Heloísa Helena foi filiada ao PT de 1985 a 2003, primeiro ano do governo Lula, com quem rompeu por ser contra a reforma da Previdência. Por ter votado contra o projeto petista, foi expulsa do PT. Senadora de 1999 a 2006, ela tornou-se uma das principais críticas à legenda, ajudou a fundar o PSOL e disputou a Presidência da República em 2006 contra Lula – foi a terceira colocada, com mais de 6,5 milhões de votos. Depois, entrou numa espiral descendente. Tentou voltar ao Senado em 2010 e 2014, mas não conseguiu se eleger. Acabou se elegendo vereadora de Maceió em 2008, ficou lá por dois mandatos, mas fracassou ao tentar obter o terceiro, em 2020. Também não conseguiu se eleger deputada federal em 2018. Participou da fundação do partido Rede Sustentabilidade em 2015.

Já a também professora e ambientalista Marina Silva foi filiada ao PT de 1985 a 2009. Foi vereadora, deputada estadual e senadora. Com Lula no poder, virou ministra do Meio Ambiente, cargo que ocupou de janeiro de 2003 até maio de 2008, quando saiu principalmente em razão do embate com a então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, de quem divergia sobre a concessão de licenças ambientais para empreendimentos de grande porte em áreas sensíveis. Foi para o PV, depois para o PSB e ajudou a fundar a Rede. Foi candidata à Presidência da República em 2010, 2014 – em ambas chegou em terceiro lugar – e 2018, quando ficou apenas na oitava posição, com 1% dos votos.

Agora, as duas aceitaram a decisão da Rede, no último sábado, 12, de aprovar uma federação partidária com o PSOL. O instrumento, uma inovação da legislação eleitoral deste ano, prevê que as siglas fiquem ao menos quatro anos unidas, em todas as esferas – federal, estadual e municipal. É provável que ambas sejam candidatas a deputada federal, para ajudar os dois partidos a superarem a cláusula de barreira – hoje, o PSOL tem dez deputados e a Rede, apenas uma.

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O problema é que a federação quase certamente irá apoiar a candidatura de Lula à Presidência. O PSOL, que é o partido com mais peso na federação, já apontou para a caminhada junto com o petista. O senador Randolfe Rodrigues (AP), principal nome da Rede no Congresso, já aceitou inclusive trabalhar na coordenação da campanha de Lula.

Para não desagradar a duas das maiores estrelas da Rede, a federação foi aprovada pelo partido concedendo o “direito à divergência pública” de seus membros em relação às candidaturas à Presidência e nos estados. Ou seja, vão estar na mesma frente de esquerda, mas preferem garantir o direito de não apoiarem Lula — ao menos no primeiro turno. A ver como será isso.

 

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