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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O ex-aliado de Ciro que virou a sua maior preocupação no Ceará

Racha no estado colocou fim à aliança entre PDT e PT que governou o estado por quatro mandatos

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2022, 08h04 - Publicado em 30 jul 2022, 08h00

O fim da aliança entre PDT e PT no Ceará, motivado por uma escolha de Ciro Gomes (PDT) para tornar o seu palanque desvinculado dos petistas, pode ter fortalecido um então aliado que agora desponta como adversário em seu estado natal: o ex-governador e candidato ao Senado, Camilo Santana (PT).

Camilo foi alçado à carreira pública como secretário de Cid Gomes, que governou o Ceará entre 2007 e 2014. Depois, o petista sucedeu o irmão de Ciro e foi reeleito em 2018. Camilo deixou o governo em abril deste ano com mais de 70% de aprovação e tem 65,3% das intenções de voto na corrida por uma vaga no Senado, segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas de julho.

Os números elevam Camilo ao posto de político mais popular do estado, e tê-lo como adversário levanta preocupações na campanha de Ciro Gomes. Sem o apoio de PDT, o petista bancou o deputado estadual Elmano de Freitas, seu ex-líder na Assembleia Legislativa, como candidato ao governo em sua chapa. A articulação teve a chancela do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o apoio de outros pesos pesados do partido, como o deputado federal José Guimarães, presidente do PT-CE e responsável pelos palanques estaduais da campanha nacional.

Além disso, a ruptura com o PDT possibilitou o ex-governador buscar aliados que também são alvo de interesse dos ciristas. Camilo se reuniu nesta semana, em Brasília, com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira – no momento, socialistas estão com o candidato pedetista no estado, Roberto Cláudio. Camilo também é próximo ao presidente do PSDB-CE, Chiquinho Feitosa, que é suplente de Tasso Jereissati no Senado.

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Tasso, por sua vez, tem conversado com Lula sobre uma possível aliança cearense. A possibilidade é oferecer aos tucanos a vaga de vice de Elmano ou a suplência de Camilo no Senado (uma posição interessante, tendo em vista que o ex-governador deve virar ministro em um eventual governo Lula).

Isso sem contar que na canoa camilista já está o MDB, representado pelo ex-presidente do Senado Eunício de Oliveira — que concorrerá a deputado federal –, e até nomes que saíram do PDT, como a governadora Izolda Cela, que anunciou a desfiliação do partido para subir no palanque do PT. Ela tem a gestão aprovada por 57,8% dos eleitores cearenses.

São sintomas da força e da ascensão de Santana, que pode ser potencializada ao não dividir o poder com o partido de Ciro. “Ainda que manter um palanque fiel e puro no Ceará seja coerente com a sua campanha nacional, o movimento pode ter sido um tiro no pé”, analisa a socióloga Monalisa Torres, da UECE. “Hoje, o palanque de Camilo, com o apoio de Lula, alavanca qualquer candidato no estado”, conclui ela.

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