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Nova acusação contra o médico Nabil Ghorayeb por assédio sexual

É a oitava denúncia feita por pacientes que relatam abusos cometidos por ele durante consultas

Por Caíque Alencar 16 jul 2021, 18h35

Nos últimos meses surgiram várias denúncias por assédio sexual contra um dos nomes mais renomados da medicina esportiva do país, o cardiologista Nabil Ghorayeb, profissional com longa trajetória ligada ao HCor e ao Instituto Dante Pazzanese. A situação dele na Justiça pode ficar ainda mais delicada com o surgimento de mais uma suposta vítima. Conforme apurou a reportagem de VEJA, ela é a oitava mulher a registrar esse tipo de acusação contra Ghorayeb. A denúncia em questão foi protocolada junto ao Ministério Público (MP-SP) por E.R.S no dia 16 de junho. Segundo esse relato, ela teria sido assediada no consultório do próprio médico, que fica no bairro do Ipiranga, na Zona Sul da capital paulista. “Ele tirou a minha camisa, tocou meus seios e ao se mover para trás de mim, também tirou meu sutiã. Nesse momento, ele encostou em mim e senti o pênis dele ereto”, diz E.R.S., que marcou a consulta para tratar de um prolapso de válvula mitral. A doença é caracterizada pelo desalinhamento de uma válvula do coração.

Dentro do consultório, E.R.S conta que não soube como reagir e ficou a ponto de ter uma crise de pânico. “Aquilo me deu uma sensação de muita impotência. Quando eu fico muito nervosa, eu sinto muita ânsia de vômito e por pouco isso não aconteceu. Eu fiquei desesperada para sair daquele lugar”, afirma a vítima. Ainda de acordo com a suposta vítima, Nabil notou que ela passava mal e passou a maltratá-la. “Ele me falou que estava tentando ajudar, mas eu não estava colaborando”, diz E.R.S.

O episódio teria ocorrido em 1991 e ela diz que tomou coragem de trazer o caso à tona depois de ver que várias vítimas estavam procurando a Justiça. Para ela, que tem hoje 63 anos, foi uma surpresa ver que outras mulheres tiveram casos semelhantes ao dela. “Não acredito que esse homem ainda está fazendo depois de 30 anos”, completa a vítima.

Ghorayeb vem negando todas as acusações e diz que “não consegue entender a motivação de acusações caluniosas e difamatórias, sem apresentar nenhuma prova”. Quando os primeiros casos vieram a público, o HCor afastou o médico, segundo a instituição, em comum acordo com o profissional. Ele também não faz mais parte do quadro de funcionários do Dante Paz­zane­se desde o início do ano. Ghorayeb tirou férias em janeiro e, em seguida, entrou com uma licença-prêmio até este mês, quando completa 75 anos e poderá se aposentar.

O comportamento de Ghorayeb já foi objeto de uma sindicância no Conselho Regional de Medicina de São Paulo após uma denúncia de  uma paciente, que o acusou de tentar beijá-la à força na boca durante uma consulta. O caso teria ocorrido dentro do HCor em 2002 e foi notificado pelo advogado da vítima ao Conselho de Ética Médica do hospital. A sindicância do Cremesp acabou sendo arquivada. Questionada por VEJA na época do afastamento do médico pelo HCor se já havia sido feita alguma investigação interna a respeito de Ghorayeb, a assessoria de imprensa do hospital enviou nota à redação afirmando que “não há na Ouvidoria do hospital manifestações, referentes a assédio, praticados pelo médico na instituição”.

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