Não é só no Rio: a outra trombada feia entre o PT e o PSB
Mesmo com desistência de Beto Albuquerque, partidos seguem divididos nas eleições gaúchas

Não é apenas no Rio de Janeiro, onde Alessandro Molon (PSB) e André Ceciliano (PT) insistem em suas candidaturas ao Senado, que a coligação entre PT e PSB não consegue acertar quem será o nome estadual apoiado pela chapa de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.
No Rio Grande do Sul, ambos os partidos mantêm seus candidatos ao governo. Até o início desta semana, a aliança de esquerda estava dividida com as candidaturas do deputado estadual Edegar Pretto (PT) e do ex-deputado federal Beto Albuquerque (PSB), ambos atrás dos dois líderes das pesquisas gaúchas, Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB).
No dia 1 de agosto, entretanto, Albuquerque retirou sua candidatura após o PSB não conseguir viabilizar uma aliança com PT, PV, PCdoB, PSOL e Rede, que bancam Pretto, e nem com o PDT, que apostou no ex-deputado federal Vieira da Cunha.
“Não posso ser candidato sem que haja o mínimo de condições de disputar a eleição“, declarou Albuquerque, que também anunciou a aposentadoria da vida pública. “As dificuldades de construção de alianças com o PT e com o PDT levaram o pré-candidato Beto, em decisão de fórum íntimo e pessoalíssimo, a declinar de sua pré-candidatura, o que lamentamos”, completou o PSB através de nota.
Mas o gesto tampouco resolveu o impasse entre pessebistas e petistas. Mesmo sem o ex-deputado, o PSB resolveu apostar numa chapa pura que segue dividindo votos com o PT. Nesta quarta-feira, 3, o partido oficializou a candidatura do ex-vice-governador, Vicente Bogo, com a ex-vereadora de Montenegro, Josi Paz, como vice, e o vereador de Porto Alegre Airto Ferronato concorrendo ao Senado.