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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Líbano: como será o 1º voo de resgate de brasileiros da zona de conflito

Governo repatriará cerca de 240 pessoas, com o envio de uma aeronave KC-30 já nesta quarta-feira, 2; outros voos são considerados

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 out 2024, 17h29 - Publicado em 1 out 2024, 16h51

O governo Luiz Inácio Lula da Silva dará início nesta quarta-feira, 2, ao primeiro voo de resgate de brasileiros na zona de conflito no Líbano.

A repatriação será feita pela Força Aérea Brasileira (FAB) com uma aeronave KC-30. Neste primeiro voo, estão previstos entre 230 e 240 passageiros. O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Beirute, no Líbano, com escala prevista na capital de Portugal, Lisboa. Os horários de chegada e de partida ainda serão confirmados, diz o Planalto.

Além dos tripulantes operacionais, a tripulação será composta por militares da área de saúde — incluindo médico, enfermeiro e psicólogo — que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão.

“Nós vamos fazer isso em todo o lugar que for preciso”, afirmou Lula em conversa com jornalistas no México, nesta terça-feira, 1º. O presidente está no país para a posse da presidente Claudia Sheinbaum. Na segunda, 30, o presidente criticou Israel pela “matança desnecessária” no Oriente Médio.

Outros voos

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a colônia brasileira no Líbano tem tido contato permanente com a embaixada brasileira. “Já estamos com uma lista que estamos preparando. Nesse primeiro voo serão cerca de 230, 240 pessoas no máximo. É a capacidade do avião, mas haverá outros na medida da necessidade”, explicou.  O retorno do KC-30 ao Brasil fica condicionado às coordenações e protocolos adicionais.

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A maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio está no Líbano. Ao todo, 21.000 brasileiros vivem no país e a estimativa do governo brasileiro é que ao menos 3.000 pessoas deste total estejam na zona de conflito e queiram deixar o país. Na última semana, os bombardeios israelenses no país causaram a morte de dois adolescentes de nacionalidade brasileira.

Ofensiva israelense

Em meio a uma escalada dos ataques que visam desmantelar o grupo xiita Hezbollah, Israel tem aumentado a ofensiva no sul do Líbano. O Exército israelense ordenou nesta terça-feira, 1º, que os moradores de cerca de 30 vilas libanesas fronteiriças deixem suas casas.

O anúncio aconteceu depois que os israelenses avisaram para ninguém ultrapassar a faixa do Rio Litani, a cerca de 20 quilômetros de distância da linha traçada pela ONU, que separa o Líbano e Israel.

Por quase um ano, os israelenses exigiram que o Hezbollah fosse removido dessa área, já que os guerrilheiros se escondem ali para lançar foguetes contra o norte de Israel. O Hezbollah sempre rejeitou essa exigência.

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