Guru da conspiração, Olavo de Carvalho é alvo de boato sobre sua morte
Rumor sobre o falecimento foi divulgado por sua própria filha; escritor está internado desde 9 de agosto no Incor, em São Paulo
Conhecido por ser um dos principais propagadores de teorias conspiratórias e por ser guru de boa parte dos aliados do presidente Jair Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho virou alvo de um boato sobre a sua morte espalhado pela própria filha.
Em uma publicação no Twitter nesta quarta-feira, 25, Heloisa de Carvalho Martin Arribas disse que “chegou aos ouvidos” dela que o pai havia falecido. Ela, que é rompida com o Olavo, não confirmou se a informação era verdadeira, mas escreveu que o que havia chegado até ela era que o escritor estava morto e que o anúncio do óbito estaria sendo “segurado” para uma data mais próxima do dia 7 de setembro — a lógica seria a de que isso seria uma estratégia para ampliar a adesão aos atos convocados em defesa de Bolsonaro no Dia da Independência.
De acordo com o último boletim médico divulgado pelo Incor-SP, onde Olavo de Carvalho está internado, o escritor, que está com 74 anos, deu entrada na unidade de emergência no dia 9 de agosto com quadro de insuficiência cardíaca e renal aguda e infecção sistêmica. O último comunicado, datado de 14 de agosto, informava que o escritor permanecia com “quadro clínico estável” e estava sob os cuidados do médico José Antonio Franchini Ramires. Procurado por VEJA, o hospital informou que o quadro atual continua o mesmo do último boletim.
Essa não é a primeira vez que o guru bolsonarista foi internado no Incor. No dia 8 de julho, ele foi hospitalizado após apresentar uma crise de angina — sensação de peso, dor ou aperto no peito devido à diminuição do fluxo de sangue nas artérias que levam oxigênio ao coração. Nessa passagem pelo hospital, ele foi submetido a tratamento medicamentoso para compensação cardíaca e a uma cirurgia de revisão de operação da bexiga feita em maio, quando Olavo estava nos Estados Unidos.
Segundo o Incor, essa intervenção cirúrgica durou três horas e foi realizada em caráter emergencial, em 13 de julho, com a finalidade de corrigir uma obstrução uretral consequente de quadro infeccioso no local da cirurgia anterior e aumento da próstata. Ele teve alta após dez dias.