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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Isabella Alonso Panho, Heitor Mazzoco e Pedro Jordão. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Grupo nega criação de imagem com IA após padre Julio falar em ir à Justiça

Organização Vigia Mooca compartilhou a imagem, que faz referência pejorativa a vídeo falso

Por Pedro Jordão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 abr 2025, 19h53

O grupo Vigia Mooca afirmou para VEJA nesta quinta-feira, 10, que não usou plataformas de inteligência artificial (IA) para criar um falso boneco do padre Julio Lancellotti que o retrata como comunista e o associa a um vídeo falso de 2022 no qual o sacerdote supostamente aparecia em atos sexuais. “Boneco criado por IA, desconheço o autor, apenas repostei o que vi na internet”, disse um dos usuários da página do Instagram da organização colaborativa.

Apesar do grupo Vigia Mooca negar a criação do boneco, ele ainda poderia ser penalizado pelo compartilhamento da imagem nas redes sociais, caso a investigação vá adiante, segundo advogados ouvidos por VEJA. “Esse caso é um crime de injúria, porque está ofendendo o decoro e a dignidade do padre Julio. Não pode ser calúnia porque não está sendo apontado nenhum fato, mas símbolos que ofendem a reputação dele. Como o crime foi praticado nas redes sociais e a vítima tem mais de 60 anos, o Código Penal também prevê um aumento de pena. Os acusados podem ser responsabilizados com até três anos de prisão”, explica a advogada criminalista e especialista em crimes contra a honra Carina Acioly.

No início desta semana, o padre Julio Lancellotti printou uma publicação do grupo Vigia Mooca que mostrava o falso boneco e republicou nas próprias redes sociais, afirmando que iria buscar a polícia para que o caso fosse investigado. “Fazer deboche, desrespeitar, afrontar é modo de agir do Vigia Mooca. Inaceitável a afronta. Vamos tomar providências na Polícia Civil para responsabilizar os autores”, escreveu o religioso.

O falso boneco em questão simula uma imagem animada do sacerdote sob o título “LançaMilk”, ou “lança leite”, em português, que faz referência ao vídeo libidinoso. Em 2022, peritos provaram a falsidade do conteúdo audiovisual.

A expressão ofensiva “lança leite” também foi usada pelo coach e ex-candidato à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal para atacar o padre durante a campanha eleitoral do ano passado. O político foi processado pelo uso da expressão e acusado por Lancellotti de fazer politicagem com o assunto.

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Ao lado do boneco, aparecem acessórios que supostamente poderiam ser utilizados em conjunto, alguns também com conotação sexual: uma máscara médica descartável, uma jarra de leite, um pepino, um cachimbo e uma webcam. Todos os objetos aparecem abaixo do símbolo do comunismo.

A criação de bonecos desse tipo por plataformas de IA generativa fazem parte de uma tendência recente das redes sociais. Normalmente, os usuários criam versões de si próprios em formato de boneco e em uma embalagem comercial que conta com um título e acessórios de brinquedo relacionados à personalidade.

O padre Julio Lancellotti tem forte atuação junto a moradores de rua e usuários de drogas em ruas da capital paulista. A igreja onde atua fica na Mooca, bairro localizado entre as regiões central e leste da capital paulista.

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