Caso a greve dos funcionários do Metrô de São Paulo continue amanhã, quarta-feira, 4, a multa total sobre os sindicatos que organizam a paralisação subirá para 2 milhões de reais – ou seja, 1 milhão de reais para cada uma das duas entidades sindicais. A decisão foi assinada pelo juiz federal Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), atendendo a um pedido da presidência do Metrô.
No documento, o magistrado argumenta que os sindicatos descumpriram a ordem judicial anterior, também assinada por ele, que exigia que 100% dos trabalhadores do Metrô estivessem em atividade nos horários de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e 80% no restante do dia. O aumento da multa será aplicado apenas se as condições não forem cumpridas amanhã — caso a greve seja dissolvida, a punição segue no valor de 500 mil reais para cada sindicato.
No caso da greve dos ferroviários, que é comandada por três entidades sindicais, a Justiça negou o pedido da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para elevar a multa para 1 milhão de reais por sindicato. No entanto, a juíza Raquel Gabbai de Oliveira, também do TRT-2, determinou que o valor total de 500 mil reais, que deveria ser pago em conjunto pelos três sindicatos, seja individualizado – na prática, aumentando a punição para 500 mil por entidade.
Os sindicatos iniciaram uma assembleia conjunta às 18h30 desta terça, que está em andamento, para decidir se as greves prosseguirão amanhã.