Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Maquiavel Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Google e Twitter questionam decisão de Moraes que suspendeu contas do PCO

Empresas de tecnologia dizem que decisão de bloqueio afeta conteúdos legítimos, leva à censura prévia e pode desequilibrar processo eleitoral

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jul 2022, 18h19 - Publicado em 4 jul 2022, 17h37

Destinatários da ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para suspender e bloquear as contas do Partido da Causa Operária (PCO) em suas plataformas, Google e Twitter cumpriram a determinação, mas questionaram o ministro a respeito de sua decisão. A ordem de Moraes foi dada quando ele incluiu do PCO no inquérito das fake news, que investiga disseminação de notícias falsas e ameaças ao STF e a seus integrantes, como revelou VEJA. Em publicações no Twitter, o partido de extrema esquerda chamou Moraes de “skinhead de toga” e defendeu a dissolução do Supremo, entre outras ofensas.

Responsável pelo YouTube, o Google pediu a Alexandre de Moraes que aponte quais conteúdos justificam a remoção total do canal do PCO, que tem mais de 21.000 vídeos, ou limite sua decisão à exclusão de conteúdos considerados ilícitos. Já o Twitter, onde a sigla tem mais de 20.000 publicações, pede que o ministro volte atrás em seu posicionamento ou leve o pedido para julgamento coletivo no STF. A decisão também afetou as contas do PCO em Facebook, TikTok, Instagram e Telegram, sob pena de multa de 20.000 reais por dia em caso de descumprimento.

As preocupações externadas pelas duas empresas de tecnologia a Alexandre de Moraes são as mesmas. Google e Twitter sustentam que a suspensão total das contas do partido abrange conteúdos que não são ilícitos e não teriam relação com a investigação do inquérito das fake news e leva à censura prévia de novas publicações.

As empresas também sustentam que o PCO é um partido político regularmente constituído e que os bloqueios podem causar impactos eleitorais, diante da proximidade das campanhas políticas deste ano.

Continua após a publicidade

“Além do abalo já relevante para a liberdade de expressão decorrente da determinação em si mesma, a medida poderia desaguar em questionamentos quanto à preservação do equilíbrio do processo eleitoral”, dizem os advogados do Google. “O bloqueio integral do perfil do partido político tem o condão de impactar negativamente as atividades partidárias e o processo de competição eleitoral”, sustentam os defensores do Twitter.

Antes das manifestações de Twitter e Google, a ByteDance, que controla o TikTok, também havia criticado a decisão de Moraes e pedido que ele a revisse.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes considerou que, diante da “gravidade das publicações divulgadas”, seria “necessária a adoção de providências aptas a cessar a prática criminosa, além de esclarecer os fatos investigados”. Moraes destacou que o partido amplia o alcance das ofensas proferidas no Twitter em outras redes sociais e afirmou que as postagens “atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal e de seus Ministros, bem como do Tribunal Superior Eleitoral, atribuindo e/ou insinuando a prática de atos ilícitos por membros da Suprema Corte e defendendo a dissolução do tribunal”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.